A história vem contada no jornal i e na imprensa em geral . Mas não havia um português que , no
essencial, a não conhecesse.
O Banif, como outros bancos, cresceu
apoiando-se no “boom” da construção. Teve grande implantação no Funchal e
financiou numerosas obras do Governo Regional da Madeira. Por essa razão ainda
ontem Alberto João Jardim proferiu aquelas declarações favoráveis ao actual
chefe de governo PS e, ao mesmo tempo cretinas, em relação ao Dr. Pedro Passos
Coelho.
Mesmo expandindo-se para outras
geografias, quando a torneira fechou, as empresas financiadas pelo banco
entraram em situação de falência, aumentando as dividas em relação ao banco.
Como é óbvio, começou aí o colapso do Banif – à cerca de uma década.
Como outras entidades bancárias, o Banif
usufruiu de ajudas públicas em 2013. Mas mesmo antes já as inspecções do Banco
de Portugal apontavam para os problemas do banco – exposto (como o BCP) à
construção e imobiliário e elevada concentração de crédito a pequenas e médias
empresas, com crédito malparado cinco vezes superior ao das grandes empresas
durante a crise.
Como noutros bancos, as operações de
financiamento cruzadas tornaram a estrutura de topo permeável a desequilíbrios
financeiros em algumas empresas do grupo, pois a rede de participações era
complexa.
Quando a crise se estabeleceu e se
consolidou o programa de ajustamento (a conhecida troika), o Banif já em
grandes dificuldades de incumprimento, solicitou ajuda publica, no âmbito da
linha que a troika havia estabelecido para ajudar bancos (como a CGD, BPI e
BCP). Ajudado com 1,1 milhões via-se obrigado a concretizar um programa de
reestruturação. Que estava a cumprir na íntegra, não fosse o colapso do BES.
Como o Banif tinha cerca de 120 milhões aplicados no BES que em meados de 2014
acabou por perder, não conseguiu pagar ao Estado o dinheiro que devia.
O governo de Passos Coelho e Paulo Portas (que fez o que pode perante uma bancarrota colossal) ponderou alienar o banco. O problema é que a divida era medonha e os potenciais
compradores recuaram.
Começou a ganhar forma a expurgação dos
activos tóxicos que pesam nos rácios de capital impostos pelo BCE.
A fragilidade do Estado e do próprio banco
provocaram agora a sua venda a saldo.
Costa e o seu ministro das finanças (como o sr. Galamba) não
foram foitos em acusar o governo anterior, o PCP também, e uma das manas (a
Mariana) chegou mesmo a afirmar que o acto (do governo de Passos) era criminoso.
Qual acto?. O único acto de que o governo PSD/CDS pode ser “acusado” foi o de
não ter (como foi aconselhado pelo Doutor Catroga em 2011), feito uma lista (uma auditoria) dos
buracos que a bancarrota da governação de Sócrates (à qual pertenceu o dr.
Costa) deixou, para explicar ao povo o que se passava e o que aconteceu. Passos
Coelho, por feitio, não o fez. Por essa razão
o PS esquivou-se de prestar contas pelo
desastre a que o país chegou em 2011.
E agora com o aparecimento desses buracos
gigantescos (mas ainda falta aparecer um muito maior, a que Passos aludiu na
campanha eleitoral), recebe culpas que não são suas.
Costa conta com o apoio de um conjunto de
energúmenos (as) do comentário escrito e oral. Que logo vieram defender a
posição do actual governo. Passar os custos para os contribuintes. Imaginem se
fosse a “direita” a defender esta solução! O que não diriam (e fariam) as
esquerdas!
Os próprios candidatos presidenciais, para
não perderem votos em certa área ideológica, se juntaram aos energúmenos (as).
É evidente que a supervisão não funcionou
a 100%. Como não funcionou para outras entidades bancárias que faliram. Mas
teria o Governador do Banco de Portugal condições para isso? Só os patetas
acreditam que sim. Armando
Palavras
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