Bonita atitude. Paulo Portas convidou
Adriano Moreira, agora com 93 anos, a integrar o Conselho de Estado, no lugar
que o PSD cedeu ao CDS. É nestes actos que por vezes se não repara que a
dignidade do ser humano ressai. Lê-se no Observador: “É uma homenagem à
sabedoria e um tributo ao sentido de Estado. O professor Adriano Moreira é um
dos mais persistentes e profundos defensores do humanismo cristão em Portugal.
A nossa corrente doutrinária não podia ficar melhor representada no Conselho de
Estado”.
Transmontano de corpo e alma, e português
da mais alta fidelidade, o Professor Doutor Adriano José Alves Moreira, nasceu
em Macedo de Cavaleiros, a 15 de Setembro de 1922. Distinto estadista,
politico, deputado, advogado, jurisconsulto, internacionalista, politólogo,
sociólogo e professor, Adriano Moreira é uma figura que não precisou de “mudar
de casaca” para após o 25 de Abril continuar a servir o país com a mesma
postura e honradez com que serviu o anterior regime. Bem podia ter aceite optar
por alinhar nas fileiras dos pagadores de promessas, como foi pratica dos
muitos “democratas de ocasião”, mas não, acima de tudo a dignidade de ser homem
de uma só cara. De Cláudio Carneiro mereceu este poema:
"Só vós sois grande e sábio no
pensar!
Dos homens o tamanho está na mente
Que à criação das obras dá lugar
Ó fonte inesgotável, se calhar
Sois de essência divina, transcendente,
Emanação
do bem, cuja semente
Ousara em Trás-os-Montes germinar.
Eu vos venero e canto. Só é pena
Usufruir de rude e "agreste
avena"
E de musas de humilde inspiração.
Canto-vos como sei, do que disponho,
Que a fantasia homérica de um sonho Serra de BORNES
É quanto vai, Senhor, da minha mão".
Com
amizade, o chacinense
Cláudio Carneiro
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