Ao juiz Carlos
Alexandre (como ao seu colega Rosado Teixeira) nenhum comportamento público lhe
é censurável. Bem pelo contrário. Seguindo a boa tradição portuguesa (não a
destes últimos 40 anos) teve a audácia de prender um ex primeiro-ministro (o prisioneiro
44º de Évora) e, ao mesmo tempo, realizar uma limpeza gradual. É que a podridão
é muita.
Esta atitude valeu-lhe
alguns dissabores. Uma certa escumalha (de quem a policia judiciária há-de
tratar) tem-lhe enviado alguns “sinais” mafiosos. Um dos últimos foi uma
denúncia anónima à qual o magistrado respondeu com toda a clareza ao
Procurador. Não sendo obrigado por lei, o juiz Carlos Alexandre não foi de
modas. Explicou ao Procurador todos os seus rendimentos. Os dele e os da
esposa. E até os da irmã. Os de herança e os próprios. Nem um centavo ficou por
explicar. Incluindo um BM 320 (que ainda está a pagar).
Quem tem carácter é
assim. Adivinha-se portanto, uma chusma de arguidos (quiçá presos) nos próximos
tempos.
Venham eles.
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