Aínsa - vila medieval no sopé dos Pirinéus espanhois
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Em todas as latitudes e
geografias, a cultura das comunidades depende, grande parte das vezes, de
pessoas singulares. Nas aldeias transmontanas é comum girar em volta de
pequenas Associações e de pessoas singulares. Como em todo o território
português. Noutras paragens, porém, este costume não é diferenciador de um modo
geral. Sê-lo-á em casos específicos. Daremos dois exemplos aqui próximos –
Espanha. Há cerca de 15 anos em viagem longa pelo território espanhol,
direccionados aos Pirenéus, mais concretamente a Vale de Boi (Património da Humanidade), parámos em L’Aínsa, pequena
vila medieval no sopé dos Pirinéus espanhois. A pequena igreja românica da
antiga colegiada dedicada a Santa Maria era, em grande parte, conservada com as
contribuições dos devotos visitantes. Entrava-se num espaço completamente
escuro, onde se não via um palmo à frente. Depositando uma peseta numa caixa,
todo o espaço se iluminava ao som de um canto gregoriano. Foi uma experiência
magnífica. Soubemos depois que a ideia fora congeminada por pessoa singular e
que dela dependiam culturalmente, todas as acções em volta do templo. O mesmo
encontramos no mosteiro de Santa Maria de Gerri, perto de Urgel, na mesma
região dos Pirinéus. As acções culturais dependiam de pessoas singulares.
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A.M. Pires Cabral
Grémio Literário Vila-Realense
Câmara Municipal de Vila Real
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Vem isto a propósito
das actividades do Grémio Vila-realense. Não é novidade para quem consulta o
seu site. Programa e divulga a
cultura transmontana e alto duriense em várias frentes. E suporta ainda a
publicação de revista cultural com mais de duas décadas – Tellus.
Uma das últimas actividades
que realizou foi o Encontro de escritores
Transmontanos e Alto-Durienses (2015), ao qual associou uma merecida
homenagem a Miguel Torga, em publicação com o testemunho de três dezenas de
autores transmontanos, intitulada In
Memoriam de Miguel Torga, da qual se deixa aqui testemunho.
Resta dizer que embora
conte com o apoio institucional do município vila-realense, toda esta
actividade cultural depende de uma pessoa singular: o escritor A. M. Pires
Cabral.
Armando Palavras
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