Por: Costa Pereira
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Armando Teixeira Borges
(Mondim de Basto, 14/01/1929
– Lisboa, 09/03/2015)
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Foi
hoje a sepultar para o cemitério do Alto de São João (Lisboa), o Sr. Armando
Teixeira Borges, um mondinense distinto que naquela vila transmontana de Basto,
nasceu a 14 de Janeiro de 1929. Cedo veio para a capital por cá se fez cidadão
respeitável e respeitador, um verdadeiro mondinense da diáspora que honrou as
origens. Não tive o prazer de o conhecer pessoalmente, embora ambos vivêssemos
na mesma cidade. É um dos grandes males de quem vive nas grandes cidades, ou
mora em edifícios com muitos andares, as pessoas vivem perto ou ao lado umas
das outras, mas não se falam nem vêm. Nisto a aldeia é dignificante e pena é
não oferecer melhores condições de vida para se viver e morrer lá. O que me
aconteceu hoje é prova desse desfasamento de relações sociais e que resultou em
me levantar cedo e apanhar o transporte até ao Campo Grande, onde a Missa de
Corpo presente estava marcada para as 09h00. Atempadamente cheguei ao local,
mas o facto da capela mortuária estar fechada, fiz o que se deve fazer em
primeiro lugar: visitar o sacrário. Como entretanto começou a entrar gente na
igreja e o altar a ser preparado para a celebração convenci-me que a Missa por
alma do meu conterrâneo ia ser ali. Tanto mais que o pároco, padre Feitor Pinto
é que ia celebrar.
Enganei-me
bem, pois logo que terminou a Eucaristia, sai e voltei a encontrar a porta da
capela mortuária. Foi então que me lembrei de telefonar a uma sua sobrinha,
eram 09h45 para perguntar o que tinha acontecido. E a resposta foi que já
estavam quase a chegar ao cemitério, e que a Missa foi na capela mortuária.
Mesmo ao lado onde eu estava. Nem após entregar a alma ao Criador tive a
felicidade de ver o rosto deste meu estimado conterrâneo que a 20/02/2014 se
dignou ofertar-me um livro seu com esta dedicatória : “ Com estA AGONIA DA AMÁLIA CARCALHOTA, manifesto o meu apreço ao prezado
conterrâneo José Augusto Costa Pereira pelo seu labor jornalístico de pendor
investigante,
O autor”. Deixou-nos, no dia 09 de Março de 2015, com 86 anos.
Aos filhos e netos deste saudoso mondinense da diáspora, e em particular a sua
irmã Maria Alzira Borges, e à sobrinha Maria da Graça Matos os mais sentidos
pêsames.
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