quinta-feira, 12 de março de 2015

Mais um da velha guarda que partiu - Costa Pereira

Por: Costa Pereira
   Armando Teixeira Borges
(Mondim de Basto, 14/01/1929
 – Lisboa, 09/03/2015)
Foi hoje a sepultar para o cemitério do Alto de São João (Lisboa), o Sr. Armando Teixeira Borges, um mondinense distinto que naquela vila transmontana de Basto, nasceu a 14 de Janeiro de 1929. Cedo veio para a capital por cá se fez cidadão respeitável e respeitador, um verdadeiro mondinense da diáspora que honrou as origens. Não tive o prazer de o conhecer pessoalmente, embora ambos vivêssemos na mesma cidade. É um dos grandes males de quem vive nas grandes cidades, ou mora em edifícios com muitos andares, as pessoas vivem perto ou ao lado umas das outras, mas não se falam nem vêm. Nisto a aldeia é dignificante e pena é não oferecer melhores condições de vida para se viver e morrer lá. O que me aconteceu hoje é prova desse desfasamento de relações sociais e que resultou em me levantar cedo e apanhar o transporte até ao Campo Grande, onde a Missa de Corpo presente estava marcada para as 09h00. Atempadamente cheguei ao local, mas o facto da capela mortuária estar fechada, fiz o que se deve fazer em primeiro lugar: visitar o sacrário. Como entretanto começou a entrar gente na igreja e o altar a ser preparado para a celebração convenci-me que a Missa por alma do meu conterrâneo ia ser ali. Tanto mais que o pároco, padre Feitor Pinto é que ia celebrar.



Enganei-me bem, pois logo que terminou a Eucaristia, sai e voltei a encontrar a porta da capela mortuária. Foi então que me lembrei de telefonar a uma sua sobrinha, eram 09h45 para perguntar o que tinha acontecido. E a resposta foi que já estavam quase a chegar ao cemitério, e que a Missa foi na capela mortuária. Mesmo ao lado onde eu estava. Nem após entregar a alma ao Criador tive a felicidade de ver o rosto deste meu estimado conterrâneo que a 20/02/2014 se dignou ofertar-me um livro seu com esta dedicatória : “ Com estA AGONIA DA AMÁLIA CARCALHOTA, manifesto o meu apreço ao prezado conterrâneo José Augusto Costa Pereira pelo seu labor jornalístico de pendor investigante,
O autor”. Deixou-nos, no dia 09 de Março de 2015, com 86 anos. Aos filhos e netos deste saudoso mondinense da diáspora, e em particular a sua irmã Maria Alzira Borges, e à sobrinha Maria da Graça Matos os mais sentidos pêsames.




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