Da antiga fortaleza, que no século XIII terá sido uma das mais
impressionantes de Trás-os-Montes, apenas resta a Porta de Santo
António, formada por um arco com uma espécie de terraço em cima, que era
inicialmente a zona de trânsito da muralha. Sobram também pequenos
troços de muralha com algumas fiadas de pedra.
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Jorge Golias |
6- Nota explicativa de
Jorge Golias sobre o «Apontamento Histórico de Mirandela» – O facto de as
ossadas se encontrarem fora das muralhas do castelo e, portanto, ser estranho
haver construções ali, deve-se ao facto de, em 1518, já não haver castelo de pé
(O P.e Ernesto Sales, in Mirandela-Apontamentos Históricos, no Vol I, pág.49,
escreve: «No começo do séc. XVI já nada restava do castelo, e pouco das
muralhas que foram traçadas para defesa da vila»). Com efeito o castelo de
Mirandela, tardio, talvez o último de Portugal, dos primeiros anos de 1300, foi
o primeiro a desaparecer. D. Dinis quis prendar a sua amante, D. Branca
Lourenço, doando-lhe Mirandela, e protegendo-a com um roqueiro que, quando
acabou de ser construído, não fazia falta nenhuma. Primeiro porque a vila
esteve sempre fora das incursões espanholas e segundo porque, depois de
Aljubarrota (1385) deixou de ter qualquer préstimo, potencial que fosse. A
pedra das muralhas foi aproveitada para muitas construções de casas de
moradores e solares dos morgados. Há ruas como a da Ponte (Luciano Cordeiro),
S. Cosme e Rosário (a mais comprida rua medieval) em que a muralha foi
aproveitada como parede exterior do casario.
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Porta de santo António |
Acresce ainda referir que
nestes primeiros anos do séc. XIV estava em finais reconstrução a ponte romana
(assente em fundações e talhares da arquitectura do Lacio). Tal significa que
aquela zona da vila era a mais frequentada, trabalhando ali toda a equipa de
construção.
Se depois da datação dos
corpos encontrados se constatar que há vários do mesmo ano ou anos juntos, pode
concluir-se que tal facto de deverá à peste negra que grassou nesses anos do
reinado de D. Manuel.
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Jorge Lage |
(Pela verdade histórica, Jorge Golias é autor de mais
esta nota 6)
Jorge Lage –
jorgelage@portugalmail.com – 29NOV2014
Provérbios ou ditos:
Toca gaiteiro, se não, não ganhas as castanhas! (Dizia o
povo, para animar, nas Festas dos Rapazes de Deilão (retirado do livro a
publicar - memória imaterial da castanha)]
Cortiços é boa terra, dá de beber a quem passa, mas os de
Sernadela são de má raça. (Retirada do livro etnolinguística de Mirandela, a
publicar).
Na morte e na boda verás quem te honra.
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