sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

De Rerum Natura - Lucrécio


De Rerum Natura

Com os conquistadores que regressavam a Roma, chegou também a rica herança que se tinha acumulado, ao longo de 500 anos, nas dispersas cidades da Grécia continental.
Tito Lucrécio Caro, um poeta romano entusiasmado com esses tesouros da lavra de Demócrito ou Epicuro, anunciou-os em poesia latina, no seu poema épico filosófico  “Da Natureza das coisas” [De Rerum Natura], composto em hexâmetros homéricos sucintos, ricos e poderosos.
Vénus é o único deus que o poeta adora. Denuncia os rituais pagãos de animais, ou os sacrifícios humanos. E conta a história de Ifigénia sacrificada por causa de uma brisa.
Proclama, como Demócrito, que “nada existe a não ser os átomos e o vazio”, que a alma [anima] é um “sopro vital”. Conta-nos ainda, num belo resumo de antropologia antiga, como se desenvolveu a Civilização.
É uma poesia soberba onde engrandece as visões de Empédocles, a ciência de Demócrito e a Ética de Epicuro.
Lúcrécio é, sem dúvida, o maior filósofo de todos os poetas, como o foram depois dele Catulo, Cícero e Virgílio.
Armando Palavras 

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