COSTA PEREIRA |
tradição esta festa celebrava-se na 2ª Quinta-feira a seguir ao Domingo de
Pentecostes (60 dias após a Páscoa) porem o zelo politicamente materialista que
em nossos dias campeia neste pais sem rei, nem roca, obrigou a que o evento se
celebre no domingo imediatamente a seguir.
É
certo que este feriado era aproveitado por vezes para umas mini-ferias,
contando com a ponte na sexta-feira; talvez uma das razões porque o governo
decidiu acabar com ele. Creio que ninguém lucrou com a decisão, e muito menos
quem atentou contra os usos e costumes do povo, pensando no lucro fácil.
Como
já o ano passado se verificou, em termos de participação a festa até ganhou em
aderência e qualidade, uma vez que os fieis que se integram nas cerimónias e no
cortejo são os que vivem a fé e a manifestam. Esperando pela procissão na Rua da Prata para depois
nela me integrar, lá dei conta de caras conhecidas como a da Irmã Celina,
religiosa e enfermeira distinta; e muitas mais que desfilaram e não consegui
descortinar, como por exemplo o Diácono João Paiva, que só no fim e já
desparamentado abracei junta à igreja de Santo António (à Sé).
Aqui,
o pároco de Santa Justa e Santa Rufina, Padre Victor Gonçalves, passa alegre e
sorridente, como é seu timbre, em terreno da sua alçada paroquial.
Outra
figura notável na diocese de Lisboa, e não só, com raízes transmontanas e
fundas na cidade de Vila Real, é monsenhor Rafael do Espírito Santo, Vigário Geral
do Opus Dei em Portugal, que aqui se vê muito concentrado no acto de fé que
esta festa pede a todos os fieis.
Presidida
pelo Patriarca, D. Manuel Clemente, na cauda do cortejo segue uma multidão de
fieis em direcção à Sé de Lisboa.
Já
ao deixar a Rua da Prata e entrar na Rua da Madalena, a Procissão ainda com o
Pálio a passar junto a igreja de Santa Maria Madalena, e a dianteira do
desfile, onde vai ela!
Quem
diz que a Igreja está em crise de praticantes e devotos, não assiste a actos
desta natureza, e deve andar confundido com outro tipo de crises que nada têm a
ver com a riqueza espiritual do verdadeiro sentir do povo português. O respeito
e aderência que hoje uma vez mais se verificou no acompanhar Jesus Cristo, Deus
Vivo, pelas ruas da baixa de Lisboa é prova disso. Mas como na capital, em
muitas outras terras do País, Deus Vivo é publicamente louvado e acompanhado
nesta celebração anual, como há 2000 anos o foi em terras da Palestina.
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