Barragem de ALVORNINHA - CALDAS da RAINHA |
(26/02/1936 – 12/03/2014) |
Por: Costa Pereira Portugal, minha terra. |
Cresceu no meio de uma família
numerosa, e um, dos oito irmãos, que um dia disse aos pais: “ desejo ir para o
seminário”. Foi, e a 15 de Agosto de 1961 é ordenado sacerdote, e logo, em
1968, é licenciado em teologia dogmática pela Pontifícia Universidade
Gregoriana de Roma
Em Maio, dia 26, de 1978 é
nomeado bispo auxiliar de Lisboa, e em 1997 é nomeado arcebispo com direito a
sucessão do cardeal D. António Ribeiro, o que sucedeu logo no ano seguinte face
ao falecimento do ilustre celoricense de saudosa memória. Na caminhada até ali
vem já com uma carga notável de serviços prestados à Igreja e de modo geral à
sociedade. Em funções que exerceu como docente da Faculdade de Teologia da
Universidade Católica, de que foi diretor e também reitor.
A 24 de Março de 1998, tornou-se
no 16º. Patriarca de Lisboa e dos mais ativos líderes do Congresso
Internacional para a Nova Evangelização, a par dos seus similares de Paris,
Bruxelas, Budapeste e Viena. Em 2000, preside ao encontro da Comunidade de
Santo Egídio e pede perdão aos judeus pelas perseguições. Também a comunidade
monástica de Taizé, França, é por ele convidada a promover o encontro europeu
de jovens, em Lisboa, em 2004. Foi nomeado cardeal em 21 de Janeiro de 2001 por
João Paulo II; nessa condição participou nos Conclaves que elegeram os papas
Bento XVI, em 2005, e Francisco I, em 2013. D. José Policarpo e o Papa
Francisco foram feitos cardeais no mesmo consistório. Ainda de realce na vida
deste saudoso pastor da Igreja é o ter recebido a visita de Bento XVI a
Portugal, em Maio de 2010.
Ao atingir os 75 anos pediu a
resignação, mas Bento XVI pediu-lhe para que se mantivesse no cargo por mais
algum tempo; como entretanto também Bento XVI acabou por resignar, foi decorridos
uns três anos e já após a eleição do Papa Francisco, que a resignação de D.
José Policarpo acabou por ser aceite, a 18 de Maio de 2013.
Dele comenta o seu sucessor, D.
Manuel Clemente, ao anunciar a sua morte na passada 4ª-feira, dia 12 : “ Mantém-se
viva a feliz memória do seu trabalho e do muito que a Igreja de Lisboa e a
Igreja de Portugal deve à sua generosidade e à sua lucidez, à sua grande
bondade com que exerceu o seu Ministério”. O patriarca emérito estava num
retiro dos bispos em Fátima, sentindo-se mal veio para Lisboa, onde morreu às
19:50h vitima de um aneurisma da aorta, no hospital do SAMS.
No passeio, junto à casa onde nasceu Santo António, frente à Sé
O corpo do saudoso patriarca
esteve desde 5ª até 6ª-feira em câmara ardente na Sé Patriarcal, donde por
volta das 18:15h saiu em cortejo fúnebre para o Panteão dos Patriarcas de
Lisboa, na igreja de São Vicente. Calcula-se que cerca de cinco mil pessoas
marcaram presença no funeral deste zeloso pastor que até as ovelhas ranhosas tratava
com respeito e carinho. Fui dos que entraram na Sé para assistir às exéquias
fúnebres, mas que para dar espaço aos muitos que também desejavam fazer o
mesmo, optei por me juntar aos muitos que se concentraram cá fora à espera de
se despedirem dos restos mortais que foram invólucro de uma alma sublime na
terra, e que no Céu já tem o prémio.
Dois carros fúnebres, o que esta
junto à porta da Sé foi que transportou a urna, o outro flores.
O cortejo a sair da Sé
Por ordem os participantes no
cortejo formam em fila no largo fronteiro à Sé
Do clero muitas caras bem
conhecidas.
O episcopado português fez se
representar em peso. É o adeus a D. José Policarpo
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