O POÇO ROMÃO
Sílvio Teixeira
LAR IMACULADA CONCEIÇÃO
LORDELO - VILA REAL
METRÓPOLE DOURO
2014/01/14 - TELEM. 962628074
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Havia perto um moinho, cujo dono se chamava Romão, que vendia a farinha a diversos padeiros, situados nas proximidades.
Embora estranha a beleza ou a ninfa, como passou a ser conhecida, Romão, enamorou-se dela.
Aparecia e desaparecia, flutuando nesse poço ou deslizava até ao fundo, onde diversos nadadores não se atreviam a fazê-lo, pois dizia-se ao tempo e ainda hoje, quem nadasse no local, ficaria lá para sempre, devido a ser já conhecido como “Poço da Morte”.
Enamorado da ninfa, Romão, aventurou-se a fim de a atrair, fazer o que Alira, a tal beleza fazia, isto é, brincar dentro da água, cujo redemoinho era constante, atirando para o fundo o que aparecesse à superfície.
Sucede, que Alira, simpatizou com Romão e habilitou-o a usar o seu corpo, como se fosse um peixe já habituado àquelas águas.
Foi um grande amor entre Alira e Romão.
Porém, os mundos de Alira e Romão eram diferentes e este não conseguia fazer o que a deusa fazia.
Assim, Romão, julgando que, sem a ajuda de Alira, conseguia nadar, descendo ou subindo até à tona da água, não pôde levar o seu propósito avante e ficou de uma vez para sempre no fundo do poço, nunca mais sendo visto, tendo única e simplesmente a companhia de Alira, que não o deixa subir para o não perder.
Hoje, quem passa pelo “Poço Romão”, como passou a ser conhecido, não se atreve a nadar no sítio, com receio de ser tragado pelo redemoinho, sendo conduzido até ao fundo do Rio Corgo, para fazer companhia a Alira e a Romão, que ficaram lá no fundo, por sua livre vontade.
Dizem, no entanto, que em alguns dias de canícula, em pleno verão, em noites de luar, aparece o reflexo de Alira e Romão, a acenarem a quem se aproxima do “Poço Romão”!
É possível obter referências que conduzam à localização desta maravilha?
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