A humildade do Santo Padre é bem visivel nesta fotografia |
Nasceu em Marktl am Inn, uma
diocese de Passau, na Baixa Baviera alemã, junto à Áustria, no dia 16 de Abril
de 1927, sendo no próprio dia baptizado com o nome de Joseph Alois Ratzinger.
A Baviera é um dos estados
profundamente católicos da Alemanha. Passau remonta a uma antiga comunidade
celta de nome Boiudurum, mais tarde campo militar romano (conhecido como
Batavis). Batava ou Castra Batava era o coração dos Batavos, uma antiga tribo
germânica, várias vezes mencionada pelos autores da Antiguidade. Estava situada
na confluência dos rios Danúbio e Inn e pertencia à província romana de
Noricum. É conhecida como a cidade dos três rios (Deiflüssestadt), porque nesse
local, o rio Danúbio se reúne com os rios Inn e Ilz.
Na segunda metade do século V foi
ali fundado um mosteiro por São Severino, e em 739, Bonifácio, um monge
irlandês, fundou a diocese de Passau que se tornou a maior diocese, durante
alguns anos, do Sacro Império Romano.
O seu mais importante monumento é
a igreja dedicada ao primeiro mártir cristão, mencionado nos Actos dos
Apóstolos: Santo Estêvão.
A família Ratzinger era de
modestas posses. O pai era comissário da policia (Gendarmeriekommissar); homem
com uma religiosidade profunda, por isso adversário do regime
nacional-socialista. A mãe, Maria Ratzinger, provinha do Tirol do sul da
Alemanha. Era filha de artesãos de Rimsting, no lago de Chiem. Antes de casar
era cozinheira e tinha trabalhado em alguns hotéis. Era uma família remediada,
com três filhos.
O ano em que nasceu Joseph Alois
Ratzinger caracteriza-se por alguns acontecimentos interessantes. Foi o ano em
que desapareceram a grande bailarina Isadora Duncan e o pintor português Rafael
Bordalo Pinheiro. O (grande) poeta (e prémio Nobel) T.S.Eliot, torna-se cidadão
inglês, Virgínia Woolf escreve To the Light House. Apenas para mencionarmos
alguns.
N’O Sal da Alma, um dos seus
livros, informa o tempo que passou na Juventude Hitleriana. Tinha 16 anos. Esse
facto levantou, à época, vozes sonantes contra o Papa. Não vamos agora
debruçar-nos sobre esse aspecto. Apenas dizemos que só gente tosca que não
tenha conhecimento dos factos (históricos) é que poderia ter levantado a voz.
Gente que não sabe que era obrigatório pertencer às fileiras hitleriana. E quem
o não fazia era fuzilado. Gente que não imagina sequer o que foi o regime
nacional-socialista! Ouviu falar, mas não conhece os factos na profundidade. Só
para se fazer uma (pequeníssima) ideia, cite-se o seguinte caso: um primo do
jovem Ratzinger, então com 14 anos, e com síndrome de Down, foi morto pelo
regime nacinal-socialista (Nazi) na campanha de apuramento da raça!
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