quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Bento XVI renuncia

A humildade do Santo Padre é bem visivel nesta fotografia
 
Nasceu em Marktl am Inn, uma diocese de Passau, na Baixa Baviera alemã, junto à Áustria, no dia 16 de Abril de 1927, sendo no próprio dia baptizado com o nome de Joseph Alois Ratzinger.
A Baviera é um dos estados profundamente católicos da Alemanha. Passau remonta a uma antiga comunidade celta de nome Boiudurum, mais tarde campo militar romano (conhecido como Batavis). Batava ou Castra Batava era o coração dos Batavos, uma antiga tribo germânica, várias vezes mencionada pelos autores da Antiguidade. Estava situada na confluência dos rios Danúbio e Inn e pertencia à província romana de Noricum. É conhecida como a cidade dos três rios (Deiflüssestadt), porque nesse local, o rio Danúbio se reúne com os rios Inn e Ilz.
Na segunda metade do século V foi ali fundado um mosteiro por São Severino, e em 739, Bonifácio, um monge irlandês, fundou a diocese de Passau que se tornou a maior diocese, durante alguns anos, do Sacro Império Romano.
O seu mais importante monumento é a igreja dedicada ao primeiro mártir cristão, mencionado nos Actos dos Apóstolos: Santo Estêvão.
A família Ratzinger era de modestas posses. O pai era comissário da policia (Gendarmeriekommissar); homem com uma religiosidade profunda, por isso adversário do regime nacional-socialista. A mãe, Maria Ratzinger, provinha do Tirol do sul da Alemanha. Era filha de artesãos de Rimsting, no lago de Chiem. Antes de casar era cozinheira e tinha trabalhado em alguns hotéis. Era uma família remediada, com três filhos.
O ano em que nasceu Joseph Alois Ratzinger caracteriza-se por alguns acontecimentos interessantes. Foi o ano em que desapareceram a grande bailarina Isadora Duncan e o pintor português Rafael Bordalo Pinheiro. O (grande) poeta (e prémio Nobel) T.S.Eliot, torna-se cidadão inglês, Virgínia Woolf escreve To the Light House. Apenas para mencionarmos alguns.
N’O Sal da Alma, um dos seus livros, informa o tempo que passou na Juventude Hitleriana. Tinha 16 anos. Esse facto levantou, à época, vozes sonantes contra o Papa. Não vamos agora debruçar-nos sobre esse aspecto. Apenas dizemos que só gente tosca que não tenha conhecimento dos factos (históricos) é que poderia ter levantado a voz. Gente que não sabe que era obrigatório pertencer às fileiras hitleriana. E quem o não fazia era fuzilado. Gente que não imagina sequer o que foi o regime nacional-socialista! Ouviu falar, mas não conhece os factos na profundidade. Só para se fazer uma (pequeníssima) ideia, cite-se o seguinte caso: um primo do jovem Ratzinger, então com 14 anos, e com síndrome de Down, foi morto pelo regime nacinal-socialista (Nazi) na campanha de apuramento da raça!

 


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