POR MARIA DA GRAÇA
(Jornalista e sub-director do jornal "Poetas &
Trovadores")
IN POESIA, AMORAS & PRESUNTO
Foi assim que te vi partir!
Por isso te procuro no alto-mar
quando já não te encontro
porque a distância orgulhou-se de ti
e tu foste arrebatado
Como vieste
com a alma a penar
mas firme a vontade
e forte o sentimento que te chamou.
Deixa falar as gaivotas e as sereias
deixa correr as ondas para longe de ti
deixa o silêncio das noites tropicais
segredar às estrelas
a história dos teus amores.
Foi assim que te vi partir!
Um barco
muita gente
muitos amigos
máquinas fotográficas
malas no porão
rolos de serpentinas de carnaval
muitos abraços
lenços brancos a acenar
votos de boa viagem
gestos simétricos a separar a Terra do Mar.
Bravo
soldado que vais da guerra
com o corpo estigmatizado
mas cheia de vitórias
a tua audácia.
Andam na rua pedaços de estrelas a petrificar as rosas para a construção
de túmulos.
Vamos assistir à revolução dos rios e das fontes
contra o incêndio das florestas.
Até as pedras dos muros
se vão alistar nesta revolta universal.
E no porto
uma Madalena
continuará a chorar lágrimas de esperança e saudade!
Não voltarás
soldado
à terra que defendeste heroicamente
porque as tuas mãos foram feitas
para apagar o fogo das montanhas.
Deixa para trás o sangue das tuas noites de crime
para que não te procurem como autor de esperanças mortas.
Ah!
como desejo calmo e bonançoso
o Mar
de todas as tuas viagens!
IN POESIA, AMORAS & PRESUNTO - Barroso da Fonte
FOI ASSIM QUE TE VI PARTIR ( Ao Alferes António Chaves no seu
regresso da guerra).
O livro "Poesia, amoras & presunto," com poemas lindos e interessantes. O agradeço [livro] ao autor, Dr. Barroso da Fonte que teve o nobre gesto de me oferecer. "Desta forma felicito-o."
ResponderEliminarEste poema aqui foi dedicado ao saudoso alferes António Chaves, no seu regresso da guerra, por Barroso da Fonte. Não chegou ao Tempo Caminhado esta indicação...!
ResponderEliminarEstimado senhor, José Matos. Agradeço a explicação, o esclarecimento, sei perfeitamente que o Dr. Barroso da Fonte faz esse tipo de trabalho, de escrita. Referente ao saudoso alferes António Chaves não era do meu conhecimento.
ResponderEliminarApreciei o poema e, sobretudo, a dedicatória ao saudoso amigo António Chaves, que nos deixou em 10 de Setembro pp. Estarei sempre atento e disponível para lembrar a figura do cidadão ilustre, que tanto de si dedicou à terra barrosã, onde repousa na eternidade.
ResponderEliminarJorge Sales Golias