A 3 de Dezembro de 2021, a RTP2 transmitiu um belíssimo comentário
sobre os campos de concentração chineses no deserto de Gobi, instituídos por
Mao Tsetung em 1957, intitulado “Almas
Mortas”, do realizador chinês Wang Bing.
RTP2 exibe documentário “Dead Soul” sobre o “holocausto” asiático na
China
por Comunidade Cultura e Arte, 22 Novembro,
2021
“Dead Soul”, do realizador chinês Wang Bing
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“Dead Souls”, ou em português “Almas
Mortas”, do realizador chinês Wang Bing, convida-nos a conhecer os
sobreviventes do campo de trabalhos forçados no Deserto de Gobi em Gansu, na
China. Estes ex-presos foram designados de “ultra-direitistas” na Campanha
Anti-Direitista de 1957 do Partido Comunista Chinês.
O filme também está disponível, numa versão
mais alargada (de cerca de oito horas), na plataforma Filmin. A RTP2 transmitirá no próximo dia 3 de Dezembro (sexta-feira), pelas 22h50, uma versão mais curta,
de certa de quatro horas.
Sinopse do filme disponível na Filmin:
Os restos mortais dos prisioneiros
abandonados que há mais de 60 anos decoram o Deserto de Gobi, na remota
província Chinesa de Gansu, são fantasmas intranquilos que desejam falar.
Designados “ultra-direitistas” na campanha persecutória executada em 1957 pelo
regime de Mao Zedong, estas pessoas foram condenadas a morrer em campos de
reeducação. Este magnum opus documental mergulha, através de
intensas e meticulosas entrevistas, na dolorosa intimidade do trauma dos
sobreviventes (cerca de uma dúzia), revelando em primeira mão quem foram as
vítimas deste “holocausto” asiático, as adversidades que tiveram de suportar e
qual o seu derradeiro destino — o poder supremo que raramente um objecto
cinematográfico consegue invocar: levantar os mortos.
Continuar a ler: https://comunidadeculturaearte.com/rtp2-exibe-documentario-dead-soul-sobre-o-holocausto-asiatico-na-china/
Em 2019, publicamos o que se segue neste espaço:
Zhu Xiao-Mei, acredita estar uns meses no campo
para receber a sua formação revolucionária. Não sabe ainda que será objecto de uma campanha de destruição mental que irá durar cinco anos! |
Porém, o livro que se apresenta, sob a chancela da Guerra
e Paz, publicado em 2007 (passando
despercebido em Portugal!), não trata disso. Trata da vida de uma família de
artistas que viveu no tempo do Grande Salto em frente de Mao, em 1960. E até
1968, estima-se que tenham morrido 20 a 30 milhões de chineses, de fome!
Zhu Xiao-Mei, conta-nos a sua vida passada num campo de
reeducação chinês. O campo 4619.Situado
em Zhangiako, para lá foi transportada num vagão, quando tinha sonhos
revolucionários. Depressa os perderia, nos cinco anos que passou no campo
de Yaozhanpu.
Cerca de 17 milhões de chineses, segundo as estimativas actuais, haviam de passar por esses campos de trabalhos forçados para serem reeducados segundo os princípios revolucionários (e sanguinários de Mao).
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