Papa Francisco denuncia "colonialismo económico" na RDC
rl | com agências
há 17 horashá 17 horas
Recebido em Kinshasa por milhares de pessoas, o Papa apelou ao fim da exploração desenfreada dos recursos naturais em África e exigiu que os interesses estrangeiros parem de dividir a RDC.
De visita à República Democrática do
Congo, o Papa Francisco apelou esta terça-feira (31.01) ao fim da exploração
desenfreada dos recursos naturais em África. Recebido em Kinshasa por milhares
de pessoas - naquela que é a primeira visita papal ao país nas últimas décadas
- o chefe da Igreja Católica exigiu ainda que os interesses estrangeiros parem
de dividir a RDC para seu interesse próprio.
"Há uma noção – que sai do
inconsciente de tantas culturas e pessoas – que África deve ser explorada. Isso
é terrível. A exploração política deu lugar a um 'colonialismo económico' e
igualmente escravizador", afirmou perante oficiais do Governo e membros do
corpo diplomático nos jardins do palácio nacional de Kinshasa. "O veneno
da ganância manchou os diamantes [deste país] com sangue. Parem de sufocar
África: não é uma mina a ser explorada, nem uma terra a ser saqueada",
apelou.
Também em declarações no palácio
presidencial, ao lado do Papa, o chefe de Estado do país, Felix Tshisekedi,
criticou "o silêncio cúmplice" da comunidade internacional perante os
ataques perpetrados no leste do país por grupos terroristas "armados por
potências estrangeiras".
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