Depois dos casos (não dos casinhos,
porque foram todos casos) escabrosos que neste mês surgiram de nepotismo,
corrupção amiguismo, e por aí fora, começam já as vozes manipuladoras do
costume para conservar o “governo” e o dr. Costa. Por um lado, o komentariado
começa já a falar nos bons resultados das “contas certas”. Ora contas certas
houve sempre desde 2011. Porém, o cidadão comum sentiu sempre a roubalheira no
bolso através de imposto disto e imposto daquilo. Mas, aguardemos pelas tais
contas certas… ou muito nos enganamos, ou as tais contas certas estarão a ser
manipuladas.
Por outro lado, já há certas vozes a tentar
a alertar para o perigo dos protestos, sobretudo o dos professores. Cuidado,
dizem, o protesto pode virar-se contra quem protesta! O costume, nesta
república das bananas.
E ainda surgem vozes (manipuladoras) a dizer
que o sistema português criaria uma crise se o governo do dr. Costa caísse.
É claro que os do costume querem manter
este regime podre, este lamaçal, onde o cidadão comum assiste incrédulo à
roubalheira “aristocrata”, enquanto lhe vão ao bolso.
***
O regime político que se consolidou na Inglaterra, foi o parlamentarismo monárquico. Assim sendo, o poder do
rei, ao contrário do que ocorria em outras nações modernas, passou a ser
limitado, dando vazão ao controle político do país pelo parlamento. Para se
compreender bem como esse modelo surgiu é necessário remontar ao primeiro
embate entre nobres ingleses e o rei, ocorrido no século XIII, e ao principal
factor resultante disso: a Magna Carta de 1215.
Na batalha de Bouvines, ocorrida em 1214, a
Inglaterra perdeu para a França, o Ducado da Normandia. Por essa razão João Sem Terra aumentou
os tributos dos barões ingleses, provocando a sua insatisfação. Esta
arbitrariedade levou os barões a contestarem o rei.
Foi então que o cardeal Longton e alguns dos barões elaboraram o texto
da Magna Carta, cujo título completo é: Magna
Charta Libertatum, seu Concordiam inter regem Johannen at barones pro
concessione libertatum ecclesiae et regni angliae (Grande Carta das
liberdades, ou concórdia entre o rei João e os barões para a outorga das
liberdades da Igreja e do rei Inglês).
João Sem Terra, acuado, assinou o
documento em 15 de julho de 1215, em Runnymede. Esse documento previa a
garantia de plenos direitos aos “homens livres” da Inglaterra
Ainda que tivesse limitações em seu
conteúdo, a Magna Carta até hoje é considerada um símbolo de avanço legislativo
no mundo ocidental.
Se bem nos recordamos, desde Agosto (em seis meses!) a
Inglaterra vai no terceiro Primeiro Ministro. É que a Magna Carta continua hoje
a ser essencial em Inglaterra. Assim que o Primeiro-Ministro mete o pé na poça,
é substituído! Aqui, no portugalinho corrupto, aguenta-se um governo, nem que
seja nepotista, até ao fim dos tempos…
O dr. Costa é um intriguista politico que luta apenas pelo poder, sem projecto nem futuro para o país distópico que construiu, cujo nome jamais será referenciado na verdadeira História.
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