Reflexões JBM _Janeiro_2022_”Retalhos sobre um Mundo em Ebulição
J. Barreiros Martins Prof. Cat. Emérito Jubilado da Universidade do Minho
https://tempocaminhado.blogspot.com/2022/01/reflexoes-jbm-janeiro2022retalhos-sobre_6.html
Actos terríveis que não constam
das 29 Restrições
Uma vez que as escolas para raparigas foram convertidas pelos talibãs em
seminários religiosos, não há escolas para raparigas ou meninas. Só há escolas
para rapazes ou meninos. Portanto, as raparigas quando mulheres têm de
permanecer analfabetas.
Segundo as leis islâmicas radicais,
agora postas em prática pelos talibãs no Afeganistão
e já há muito existentes no Paquistão, os pais são “donos” das filhas (e dos filhos) até à
idade do casamento e uma sua filha só pode com um noivo muçulmano escolhido
pelos pais. Se a filha escolher de sua vontade outro noivo, terá de fugir a
tempo para outro país. Doutro será morta à pedrada pelos próprios pais.
Isso já deu origem a fugas dramáticas de jovens mulheres do Paquistão
para os EUA, as quais denunciaram a situação.
Mas, no Afeganistão actual tais fugas dramáticas de jovens mulheres para país estrangeiro onde uma jovem mulher poder casar com noivo de qualquer religião, não podem acontecer porque no Aeroporto de Cabul e nos outros Aeroporto há talibãs de arma em riste a exigirem passaporte passado pelo Governo.
Por outro
lado a miséria das populações no Afeganistão hoje é
tal que há famílias a venderem as filhas (e os filhos) para obterem
dinheiro para poderem comer (notícias das TVs europeias de 28 Dez de 2021).
Ora, já acontecia algo semelhante noutros países (Moçambique, por exemplo) há dezenas de anos.
As filhas
são vendidas, usualmente para concubinas dos haréns dos Príncipes da Arábia Maldita.
Os filhos
são vendidos para treino militar nos grandes Campos de treino militar no Paquistão,
na fronteira com o Afeganistão. Aí serão preparados para “Guerreiros de Allah”.
Também podem escolher ser “Mártires em favor de Allah”.
A preparação
para “Guerreiro de Allah” envolve treino para uso de todos o tipo de metralhadoras,
de espingardas e de pistolas, bem como o estabelecimento de campos de minas antitanque
e outros timos de armadilhas e o uso de misseis com bombas para ataques a alvos
escolhidos.
A preparação
para “Mártir em favor de Allah” envolve treino para usar coletes de petardos de
TNT com fulminantes que o jovem dispara num sítio onde haja grande aglomerado
de gente (mercado cheio de gente, incluindo crianças, entrada de um campo de
futebol na hora de jogo, festivais de quaisquer espécie, etc., pois os radicais
sempre entendem que TODOS são “hereges” têm religião não muçulmana radical, ou são
mesmo ateus ou agnósticos.
Todos os campos de treino militar são concebidos e bem financiados pela Seita Muçulmana Radical Whabita, com dinheiros dados pelo rei da Arábia Maldita .
Posto o meu arrazoado acima referido, que não contém todos os problemas que afligem uma boa parte da Humanidade, pergunta-se: “Que fazer para tentar reduzir esse tumulto aflitivo?
Há mais de oitenta anos já
dizia a minha Avó: “as mordeduras de um cão raivoso, só podem ser curadas com pelos
do mesmo cão”. Traduzindo isso podemos dizer: As “mordeduras” dos talibãs, donos
do poder em Cabul, só podem ser reduzidas
matando os seus autores. E como?
O filho do muito amado pelas populações paquistanesas do grande Vale de Panjshir,
Ahmad Massoud, também chamado Ahmad Massoud, que herdou do pai o comando da Aliança do Norte, grupo
agora por ventura sem armas, terá de ser “ ressuscitado” e bem armado, para
como o pai fez em 2001, tirar os talibãs
do poder.
Para isso, os EUA e os países da NATO só terão
que financiar secretamente Ahmad Massoud filho. Certamente que
ele aprendeu do pai.
Certamente que Ahmad Massoud filho deve usar a
estratégia do pai. Ahmad Massoud pai só pediu que os países ocidentais lhe dessem secretamente dinheiros.
Ele sabia bem escolher os seus combatentes, as armas que deveriam usar, a forma
como as deveriam usar e os locais onde as deveriam usar.
Claro que isso só se poderá fazer com guerra
de guerrilha que durará muitos anos, mas as populações já estão habituadas a
viver em situação permanente de guerra.
Naturalmente, que os EUA e os países da NATO terão também de arranjar forma de ajudarem as populações
e sua crianças a não morrerem à fome e ao frio. As Nações Unidas já mandaram uns
sacos de arroz com o nome “ajuda das Nações Unidas” estampado em cada saco.
Porém, isso é “uma gota de água num oceano”.
E como ajudar efectivamente as populações?
Dentro do mesmo combate aos
talibãs, penso que há que ter por perto dos guerrilheiros
de Massoud, clérigos muçulmanos moderados que digam missa à 6ªfeira e
depois dela distribuam comida, sempre
que possível já cozinhada ou fácil de cozinhar : àliás, esses os guerrilheiro também têm de
ser alimentados e, por isso tem de haver cozinheiros que atrás ou ao lado deles
cozinhem comida, parte da qual pode (e deve) chegar às bocas das
populações famintas e suas crianças.
Enfim, estas são pequenas pistas
para minorar sofrimentos....
Voltando à montanha de refugiados que tentam entrar (e entram) na Europa.
É impressionante ver como os altos responsáveis do Ocidente se envolvem em
jogos e diatribes com Putin seus apoiantes (Bielorússia é um deles) sem olharem
para as “raízes do mal” e procurarem “arrancá-las”.
É evidente que todos os verdadeiros Refugiados procuram alcançar o “Eldurado”
que são os países europeus, principalmente a Alemanha. Já não é bem sabido e não
é considerado que entre eles se metem “PseudoRefugiados” alguns dos quais são Terroristas,
“Guerreiros de Allah” e “Mártires por Allah”, já acima tratados muitos Refugiados veem da Síria, país
devastado pela guerra feroz que acabou por expulsar de lá os terroristas da Al-Qaeda
que aí se designaram, eles próprios por
Daesh a partir de outra designação
Islamic State of Iraq
and the Levant (ISIL) .
As grandes cidades ficaram com poucas construções habitáveis; os campos
ficaram com muito pouca possibilidade de neles se produzirem alimentos;
indústrias e manufacturas não existem. O ditador da Síria, Bashar al-Assad, como o Pai dele, governa o país com “mão de ferro” e os opositores são
encarcerados e torturados (diz-se). É casado com uma senhora inglesa que, embora tenha um nome muçulmano, não
deixa de ter dentro dele a formação e religião britânica, Por essa e outras
razões al-Assad, que se diz
ser de um ramo muçulmano xiita,
defendeu sempre a liberdade religiosa no seu país. Desse modo, mesmo durante a
guerra, um bispo católico pediu e conseguiu obter uma imagem de Nossa Senhora
de Fátima e percorreu com essa Imagem algumas partes do país, orando pela Paz
com o seu séquito.
De tudo isso pouco se aproveitou para matar a fome a crianças famintas.
Só algumas missões católicas, pedem na Europa (e não só) dinheiros e daí vão fazendo
algo a esse respeito. De qualquer forma entende-se que muitas famílias sírias
procurem “refúgio”, isto é, sustento, em países europeus e o “alvo” é sempre a
Alemanha, a mais “rica”.
Da África subsaariana também veem muitas famílias, mas nesse caso as razões para procurarem “refúgio” na
Europa são outras. Conheço o caso Moçambique, mas casos piores são praticamente
todos os países da costa ocidental da África. Nesses países. após a
Independência instalaram-se governos de tipo Comunista que evoluíram para governos
de tipo Socialista, que não souberam (e ainda não sabem) pôr as populações a
trabalhar na Agricultura, que é a fonte de tudo o que elas têm de comer e até
exportar.
Por outro lado a Indústria desapareceu. Ficou alguma Manufactura e
Artesanato, mas com poucos “Mestres” para a dirigir. Os novos governantes
tomaram conta de todas as Empresas Públicas. Ficaram os Serviços Públicos, mas
ineficientes por falta de dirigentes competentes. Perante essa situação os
novos governantes logo pediram ajuda internacional, normalmente vinda do Banco
Mundial. Porém, a corrupção galopante em todos os sectores, levou a que parte
dessa ajuda fosse parar a “contas cifradas” em bancos Suíços.
Então, as populações, na miséria, só pensando em ter algum lugar na
função pública, viraram-se para a emigração tentando, a todo o custo, entrar na
Europa e, sempre que possível apanhar o “ElDorado”, a Alemanha “rica”.
Trabalhar na Agricultura no seu país ou na Europa não era (e ainda não é) com
membros dessas famílias jovens ou de meia idade. Somente queriam “Subsídio de
Desemprego” que nos países europeus é dado aos naturais desempregados. Há menos
de um ano que em Paris e noutras cidades importantes da Europa se viam famílias
imigradas a viver em barracas, com elementos seus, válidos, em filas para, nas
Entidades Públicas correspondentes” pedirem Subsídio de Desemprego. E, quando
convidados para irem trabalhar nalguma herdade do país que lhes dava abrigo,
negavam-se.
Portanto, a ÚNICA solução para a grande “invasão” de “Refugiados” na Europa é “devolvê-los” aos países
de origem, devendo os dirigentes europeus, tão cedo quanto possível, negociarem
com os governantes desses países africanos a obtenção de espaços
próprios para a Produção Agrícola.
Há uns meses que um meu amigo que todos os dias me manda Notícias de Moçambique
mandou imagens de um grande espaço do distrito de Tete onde alguém Agrónomo (não
era indicado quem) estabeleceu várias aldeias onde a cada família foram dados:
casa simples mas não “palhota” tendo na frente área para ter pátio para criação
de aves, gaiolas para coelhos e lugar para cabra dando leite, etc..
Cada aldeia era dotada também “Escola Primária”.
E área para pequena agricultura, a necessária para cultivar: batatas, milho
e outros cereais, amendoins, etc. e bananeiras, papaeiras e outras pequenas
árvores de fruto. Naturalmente que também foram criadas fontes de água potável e
irrigação e formas apropriadas de esgoto de águas “brancas” (lavatórios e cozinha).
Também havia instalação eléctrica simples para iluminação e pouco mais.
Vendendo alguns produtos agrícolas em excesso cada família da aldeia podia obter dinheiro para vestuário.
Só criando “espaços habitáveis e auto suficientes quanto a alimentação, nos
países de origem, e mandando para lá “Agrónomos” que orientem a construção de
cada aldeia Africana, poderão e deverão os países europeus resolver o problema
fulcral da grande “invasão”
de “Refugiados”. Tudo o que tem
feito são apenas “paliativos” ineficazes. Os candidatos a Refugiados vindos da África
subsaariana, entram em navios costeiros
que aportam nos principais portos da África ocidental e a troco de pouco
dinheiro chegam ao porto de Esmirna (na Turquia), porto do mar Egeu próximo de
vária ilhas gregas. Em Esmirna há “engajadores” que a troco de poucas centenas
de euros, metem uma família
dentro de um barco de borracha. Quando está cheio mandam o barco na direção da ilha grega mais próxima,
mas muitas vezes o barco afunda-se e morrem os passageiros.
O navio Ocean Viking da associação SOS Mediterrâneo quase todos dias resgata refugiados, mas muitas vezes o barco de borracha afunda-se antes da chegada desse navio ou do Greenpeace ou outros.
Os candidatos a Refugiados vindos da Eritreia que tem fronteiras
com o Sudão, a Somália e a Etiópia têm múltiplas razões para tentar Refúgio em países europeus: Em primeiro lugar
a feroz guerra civil que ocorre no Suão, a qual também os atinge.
Depois uma tremenda seca na qual até há cabras a comer papel. E na fronteira
com a Somália a guerra e a fome não são menores.
Acontece até que em parte da Somália a Al-Qaeda tem lá Campos de treino militar
de terroristas que actuam lá e no Kénia, que tem larga fronteira com a Somália chegando agora a haver Campos de treino
militar à Tanzânia e o terrorismo a Cabo Delgado, no Norte de Moçambique.
Portanto, há múltiplas razões muitas pessoas da Eritreia serem candidatos a Refugiados nos países europeus
E por aqui hoje me fico
Braga, 2 de Janeiro_2022
J. Barreiros Martins Prof. Cat. Emérito Jubilado da Universidade do Minho
FIM
Sem comentários:
Enviar um comentário