Reflexões
JBM _Janeiro_2022_”Retalhos sobre um Mundo em Ebulição
J. Barreiros Martins Prof. Cat. Emérito Jubilado da Universidade do Minho
https://tempocaminhado.blogspot.com/2022/01/reflexoes-jbm-janeiro2022retalhos-sobre_4.html
As
29 restrições aplicadas pelos talibãs às mulheres, segundo a RAWA:
1. Proibidas de
trabalhar: Existia
a proibição total do trabalho feminino fora de casa. Apenas algumas médicas e
enfermeiras tinham permissão para trabalhar em alguns hospitais de Cabul
(capital do Afeganistão).
2. Completa proibição de
qualquer tipo de atividade fora de casa: As mulheres só podiam sair de casa se fossem
acompanhadas pelo marido ou por um familiar masculino como pai, avô, irmão ou
filho.
3. Proibidas de realizar
negócios com comerciantes do sexo masculino.
4. Proibidas de serem tratadas
por médicos homens.
5. Proibidas de estudar:
As mulheres não
tinham permissão de andar na escola, universidade ou qualquer outra instituição
educativa. As escolas para raparigas foram convertidas pelos talibãs em
seminários religiosos.
6. Obrigadas ao uso de
um longo véu (burca) que as cobre da cabeça aos pés.
7. Podiam ser chicoteadas,
espancadas e vítimas de abusos verbal: As mulheres que não se vistam de acordo com as regras dos
talibãs ou que não estejam acompanhadas pelo marido ou por um familiar masculino
podiam ser vítimas de violência física e verbal.
8. Podiam ser
chicoteadas em público as mulheres que não escondessem os tornozelos.
9. As mulheres acusadas
de ter relações sexuais fora do casamento eram condenadas ao apedrejamento
público até à morte.
10. Proibidas de usar
produtos de cosmética: Não podiam usar por exemplo maquilhagem nem verniz. Houve casos
de mulheres que, por usarem verniz nas unhas, tiveram os dedos amputados.
11. Proibidas de falar ou
apertar a mão a homens: Só o podem fazer aos maridos ou familiares.
12. Proibidas de rir em
voz alta: Os
talibãs consideravam que ninguém estranho à mulher poderia ouvir a sua voz.
13. Proibidas de usar
saltos altos que produzissem som ao caminhar: Os homens não podiam ouvir os passos de
uma mulher.
14. Proibidas de apanhar um
táxi: Só o podiam
fazer acompanhadas pelo marido ou familiares do sexo masculino.
15. Proibição da presença
feminina na rádio, televisão ou reuniões públicas de qualquer natureza.
16. Proibidas de praticar
desportos ou entrar em qualquer clube desportivo.
17. Proibidas de andar de
bicicleta ou mota: Só
o podiam fazer se fossem acompanhadas pelo marido ou familiar do sexo
masculino.
18. Proibidas de usar
roupas de cores vivas: Para os talibãs, as cores vivas eram consideradas “cores
sexualmente atraentes”.
19. Proibidas de reunir
para festividades: Como
para os Eids, as celebrações em nome de Alá.
20. Proibidas de lavar
roupa nos rios ou praças públicas.
21. Modificação de todos
os nomes de ruas e praças que incluíam a palavra “mulher”: Por exemplo o nome “Jardim das Mulheres”
passou para “Jardim da Primavera”.
22. Proibidas de
espreitar das varandas do seu apartamento ou casa.
23. Todas as janelas das
casas tinham de ser opacas: Esta obrigatoriedade tornava impossível que alguém da rua
conseguisse ver as mulheres dentro das suas casas.
24. Alfaiates masculinos
não podiam medir, nem costurar roupas femininas.
25. Proibidas de utilizar
casas de banho públicas.
26. Não podiam viajar no
mesmo autocarro que os homens: Existia uma distinção entre os autocarros para homens e os para
mulheres.
27. Proibidas de usar calças
largas: Mesmo que
fossem usadas por baixo da burca, as calças largas continuavam a ser proibidas.
28. Proibição de
fotografar ou filmar mulheres.
29. A impressão de imagens
de mulheres em revistas, livros, ou penduradas em casas ou lojas eram proibidas.
“As mulheres não têm a menor importância aos olhos dos talibãs, excepto quando estão envolvidas na procriação, na satisfação dos desejos sexuais dos homens ou assumindo o pesado trabalho doméstico. As restrições dos talibãs- comparáveis às da Idade Média- continuam a matar o espírito do nosso povo, privando-o de toda a existência humana”, afirmou a RAWA na altura.
Para as escolas
de meninos e rapazes a Seita Muçulmana
Radical Whabita, fornece um Livro com Alcorão na sua versão radical e o
professor (em geral um clérigo radical) escolhe as passagens desse livro mais agressivas
em relação aos crentes que não professam a Religião Muçulmana Radical ou são Cristãos ou são ateus ou agnósticos.
Então, o
professor obriga os alunos a decorarem essas passagens pronunciando-as em voz
alta muitas vezes e em cada vez cada aluno tem de bater com a testa nessa
página do Alcorão. Trata-se, evidentemente de uma operação de “lavagem” ao
cérebro da criança.
Note-se que tal operação de “lavagem” ao cérebro das crianças era (e continua a ser) usada nas escolas corânicas do Paquistão, ditas “madrassas” que são muitos milhares.
De facto, por falta de meios financeiros do Governo, as escolas oficiais do Paquistão distam umas das outras várias dezenas de Kms, que, crianças e docentes não radicais não podem percorrer a pé, porque transportes motorizados são muito poucos e muito caros. Portanto, as famílias paquistanesas têm de mandar as suas crianças para instrução primária para madrassas que sempre ficam a, no máximo, 2 ou 3 Km da casa delas.
A meninas de +-12 falsas “parteiras” tiram o clitóris para não terem
prazer sexual quando adultas. Isto é, segundo as leis impostas pelos talibãs a
mulher só serve para satisfação
dos desejos sexuais dos homens. Isto é, a mulher só serve
para concubina.
É por isso que cada Príncipe da Arábia Maldita tem um harém com dezenas de concubinas, de todas as cores e de todas as raças. O pai do Bin-Laden tinha um harém com uma dúzia de concubinas. Quando, no tempo “áureo” do Bin-Laden um jornalista encontrou um Irmão dele na Suíça onde era (ainda e?) banqueiro perguntou-lhe: “Porque é que Você não seguiu as estratégias do seu Irmão Bin-Laden, o banqueiro respondeu: “Bin-Laden é meu Irmão paterno e o meu Pai tinha um harém com uma dúzia de concubinas. Portanto a minha mãe não foi a mãe do Bin-Laden. Nada tenho a ver com ele”.
Para além destas
proibições, que apenas se destinavam às mulheres, existiam mais, que se
aplicação a ambos os sexos ou apenas aos homens. A RAWA enumera algumas, entre
as quais:
- Proibição de ouvir
música.
- Proibição de ver filmes,
televisão ou vídeos.
- Proibição de celebrar o Noruz,
o ano novo do calendário persa, que se dá entre 20 a 22 de março, e que os
talibãs consideravam uma celebração pagã.
- Também não podiam
celebrar o dia do trabalhador (1 de maio) uma vez que era considerado uma
festividade “comunista”.
- Todas as pessoas que não
tinham nomes islâmicos tinham de o alterar.
- Os jovens afegãos eram forçados
a rapar o cabelo.
- Os homens eram obrigados
a usar roupa islâmica.
- Os homens eram proibidos
de cortar ou aparar a barba.
- Obrigatoriedade de
participar nas orações nas mesquitas cinco vezes por dia.
- Era proibido cuidar de
pombos e o treinar pássaros, considerados atividades não islâmicas. Quem
violava esta regra era preso e os pássaros mortos.
- Todos os espectadores de
jogos desportivos deviam cantar Allah Akbar (Alá é
grande) enquanto aplaudiam.
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