Reflexões JBM _Janeiro_2022_”Retalhos sobre um Mundo em Ebulição
J. Barreiros Martins Prof. Cat. Emérito Jubilado da Universidade do Minho
https://tempocaminhado.blogspot.com/2022/01/reflexoes-jbm-janeiro2022retalhos-sobre_3.html
Leão do Panjshir
Panjshir região do Afeganistão, cerca de 150 quilômetros a nordeste de Cabul, um vale montanhoso a cerca de duas horas de carro da capital Cabul é a única das 34 províncias do Afeganistão que está livre do controle do Talibã. Ahmoud Massoud, filho de herói da resistência à invasão soviética, pediu apoio à comunidade internacional. Amrullah Saleh, vice-presidente que diz ser o presidente interino, está na região.
Um vale montanhoso a cerca
de duas horas de carro da capital Cabul é a única das 34 províncias do Afeganistão que está livre do controle
do Talibã. E é no vale do Panjshir, que significa "Cinco leões",
que está se formando o que parece ser uma resistência ao grupo extremista.
A capital de Panjshir é
Bazarak, que fica a apenas 120 km a nordeste de Cabul, e a região é um vale íngreme e montanhoso de difícil acesso que nem
os soviéticos nem os talibãs conseguiram conquistar
É lá que estão dois líderes que
se levantaram contra a tomada do poder: Ahmad Massoud, filho de 32 anos do lendário comandante Massoud, e
Amrullah Saleh, primeiro vice-presidente afegão que diz ser o "legítimo
presidente interino" do país.
Massoud tem usado a imprensa ocidental para pedir
ajuda para combater o Talibã: nos últimos dias, ele escreveu no jornal americano "The
Washington Post" e na revista francesa "La Règle du jeu" ("A
regra do jogo", em tradução livre), fundada pelo escritor Bernard
Henri-Lévy (veja mais abaixo).
Saleh, que era um dos assessores mais próximos do pai
de Massoud, afirmou na terça-feira (17) que "em hipótese alguma se curvaria" aos "terroristas do
Talibã" e pediu: "Junte-se à resistência".
Também está na região o general Bismillah Mohammadi,
ministro da Defesa do governo deposto.
Resistência à URSS e ao
Talibã
Ahmad Massoud é filho do comandante Ahmad Shah Massoud, herói da resistência antissoviética
no Afeganistão que ganhou o apelido de "Leão de Panjshir".
Seus seguidores o chamam de Amir Sahib-e Shahid, que significa "nosso
amado comandante martirizado".
Até hoje o vale está cheio de carcaças
de blindados soviéticos destruídos em batalhas malsucedidas para conquistá-lo.
Além da União Soviética, na década de 80, o Talibã também não conseguiu conquistar
o Vale do Panjshir quando controlou o país, entre 1996 e 2001.
Ahmad Massoud pai foi assassinado
pelos talibãs com apoio da polícia secreta da Arábia Maldita, na província de
Takhar 9 de Setembro de 2001, na época do ataque terrorista do 11 de Setembro que desencadeou a invasão americana ao
Afeganistão.
Devido aos inimigos em comum, a província de Panjshir serviu como reduto da Aliança do Norte, grupo
armado, que se aliou aos EUA durante a invasão de 2001 para
tirar os Talibãs do poder e expulsar a Al-Qaeda do país.
Ahmad Massoud pai foi assassinado
pelos talibãs de uma forma ardilosa: Um falso jornalista estrangeiro pediu a Massoud
uma entrevista. Massoud aceitou, embora mantendo gente sua armada por perto da
sala da entrevista. O jornalista estrangeiro
entrou
na sala com a sua máquina fotográfica em punho, a qual era uma grande pistola
que matou de imediato Massoud. Claro que o pessoal armado de Massoud também
logo
matou
o pseudo-jornalista . Certamente que esta operação para a morte de Massoud pai,
foi montada pela polícia secreta da Arábia Maldita.
Ahmad Massoud pai (Ahmad Shah Massoud)
deixou uma meia dúzia de descendentes, entre os quais o filho também chamado Ahmad Massoud que também hoje “preside”
à Aliança
do Norte, grupo pouco armado, porque a crise económica no Afeganistão é enorme.
Porém, se os países ocidentais ajudarem eficazmente, Aliança do Norte, grupo armado, reabilita-se. Mas, note-se, a ajuda não
pode (nem deve) ser feita com oferta de armas dos países ocidentais nem com
apoio quaisquer elementos militares desses países.
Certamente que Ahmad Massoud filho deve usar a estratégia do pai. Ahmad Massoud pai só pediu que os países ocidentais lhe dessem secretamente dinheiros. Ele sabia bem escolher os seus combatentes, as armas que deveriam usar, a forma como as deveriam usar e os locais onde as deveriam usar. A guerra no Afeganistão não pode ser uma guerra como as guerras “convencionais” que nos países ocidentais se usam. Além do mais o Afeganistão é um País com altas montanhas (Altitude máxima: 7.549 m ) e vales profundos. Só os guerrilheiros naturais sabem aproveitar esta forma de relevo a sua guerra de guerrilha.
Note-se que o avanço rápido, em
Agosto de 2021, dos talibãs em direcção a Cabul, tendo ocupado nesse mês as
maiores cidades, Kandahar
, na fonteira com o Paquistão, Mazar-e-Sharif,
Hérat, e Kunduz, na fonteira com o Turquemenistão, que são capitais provinciais, vendo-se
que essas acções foram simultâneas, leva a concluir-se que todo o processo foi,
previamente, muito bem estudado por especialistas que treinaram os talibãs e já
os tinham treinado no grande campo de treino militar já há muitos anos a funcionar
no Paquistão, na fonteira com o Afeganistão e com
apoio da Polícia Secreta da Arábia Maldita foram, selecionados e bem comprados,
colaboradores dos exército do Turquemenistão, que viviam próximo da fronteira com o Afeganistão, cidades fronteiriças de Mazar-e-Sharif, Hérat, e Kunduz.
E, repare-se, a maior arte das cidades foram
tomadas sem os talibãs disparem um tiro, o que quer dizer que as Polícias do
Governo Legal existente, também estavam largamente infiltradas e corrompidas, por
agentes dos talibãs.
Claro que tudo o que acima se disse custou um “balúrdio”
de dinheiros, sempre fornecidos pelas Finanças da Arábia Maldita que
são inexgotáveis.
O
que dá para se estar estupefacto é os Serviços Secretos dos EUA e dos outros países da NATO,
instalados dentro do Afeganistão
não terem topado, todas as manobras” subterrâneas” dos treinadores dos “Guerreiros de Allah”
que são os talibãs. Eles sempre foram e serão “Guerreiros de Allah” e a estupidez crassa dos
governantes dos EUA e dos outros países da NATO, que já vem de 2001 e continua
(!) bem como de TODOS os jornalistas é tratarem os talibãs de “insurgentes”,
pessoas respeitáveis !!!. Isto, quando nesta data os talibãs já são governantes
legais em Cabul, é dramático para as populações que continuam a residir no Afeganistão por não terem conseguido
fugir a tempo em aviões que aterraram no aeroporto de Cabul, antes dos talibãs se terem instalado em
Cabul. Hoje, policiais armados não deixam entrar no aeroporto de Cabul qualquer pessoa que não
possua um passaporte passado pelo Governo de Cabul (os talibãs já resolveram
emitir passaportes).
E
o que contribui para aumentar o drama das populações residentes é que os próprios
responsáveis das Nações Unidas já declaram que é preciso todos os países do
mundo, “dialogarem” com o Governo de Cabul, quanto a “Relações Diplomáticas” e
outros Assuntos de “interesse mútuo”. Isto é, depois desta catástrofe para as
populações residentes no Afeganistão, os responsáveis das Nações Unidas
reconhecem o Governo de Cabul como um o Governo Legítimo e os governantes dos EUA e dos outros países da
NATO estão totalmente baralhados a este e outros respeitos.
Claro
que o Governo de Cabul já começou a executar o que os seus “Patrões” da Arábia
Maldita (a Seita Muçulmana Radical Whabita) mandam:
Várias foram as restrições aos afegãos e os atentados aos direitos
humanos, especialmente das mulheres, impostas no último governo talibã. Estas
são algumas das regras, que voltaram:
Desde que os talibãs tomaram o poder no Afeganistão,
na segunda-feira, 16, que se tem levantado uma onda de preocupação pelos
direitos humanos, nomeadamente das mulheres, crianças e outras minorias. Várias figuras internacionais expressaram
essa inquietação, como é o caso de Malala Yousafzai, vítima dos talibãs no
Paquistão, e agora ativista pela igualdade de género e pelo direito das
mulheres à educação. “Olhamos em completo choque enquanto os talibãs tomam o
poder no Afeganistão. Estou profundamente preocupada com as mulheres, minorias
e ativistas pelos direitos humanos. Os poderes globais, regionais e locais
devem reclamar imediatamente um cessar-fogo, providenciar urgentemente ajuda humanitária
e proteção para os refugiados e civis”, escreveu no Twitter.
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