MÁRIO ADÃO MAGALHÃES
Aquilo que mais se ouve é o pivot dizer:
Vou equilibrar o tempo - e visível um monitor caustico a mostrar os poucos
minutos que tocam a cada um dos políticos em debate.
Rapidamente o entrevistador de supetão:
acabou o tempo.
Isto ainda afasta mais os portugueses da
política, uma coisa que até o Presidente da República quer reverter.
Incrivelmente...
Quando toca a futebol não há limitações
de tempo. Pelo contrário, prolonga adentro do serviço noticioso, reduz-lhe o
tempo, ou altera o horário. E o desporto até tem longos programas específicos
em várias televisões.
Esta bagunçada tem marcado os debates,
mas alguns órgãos de comunicação social ainda (não-quiseram) perceber que o
tempo é exíguo e torna os debates ainda mais agitados, como, por exemplo, Rui
Rio já se queixou.
Bem sei que a mediocridade é objecto
preferencial de variada comunicação social, porque há muitos anos vem fazendo
caminho por aí, e actualmente é difícil reverter o público alvo.
Isto não serve aos entrevistados, menos
ainda aos telespectadores, e não devia, seguramente, interessar às televisões,
que com isto confirmam que muitos serviços são desagradáveis.
De supetão: "Acabou o tempo".
(Quando eu escrevo futebol onde devo escrever "desporto" é porque "desporto" é o significado mais prolixo).
Mário Adão Magalhães
2022/01/11
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