Reflexões JBM _Dezembro_2021
J. Barreiros Martins Prof. Cat. Emérito Jubilado da Universidade do Minho
Voltando aos “malfazeres” dos antros de meretrizes
(prostitutas) vou relatar um caso que aconteceu com uma empregada minha pelo
ano de 1982.
A Albertina, minha Esposa, sempre gostou de exercer a Profissão
de Médica de Clínica Geral, dando consultas gratuitas. Uma das doentes dela,
pessoa já de certa idade, morava e tinha uma pequena herdade a uns 5Km da Estação
da CP de Braga. Entrava-se na estrada para Real, mas logo, logo se descia numa
estrada secundária a caminho de “Gondizalves” onde morava a doente em causa.
Essa senhora sempre nos dava algumas frutas em “troco” da consulta da Albertina.
Certo dia a mesma senhora disse à Albertina que tinha uma filha com
uns 18 anos e que desejava que essa sua filha se empregasse como “Empregada
Doméstica” para aprender a fazer todas as lides de uma casa (limpesas, lavagem
de roupas, secar e passar a ferro, etc., e ainda aprender a saber cozinhar). A
Albertina disse que naquele momento, e por acaso, não dispunha de “Empregada
Doméstica” pelo que aceitava a moça de nome (MJ) para trabalhar das 9h00 da
manhã até às 13h00 (almoço incluído). E isso aconteceu durantes vários meses.
A MJ, tendo almoçado, iria apanhar o Autocarro do “Hospital
Geral” para a “Estação da CP”, o qual tinha (e tem) uma Paragem mesmo ali a uns
300m, a meio da rua de São José. Depois, a MJ tinha de ir a pé os 5Km da
Estação da CP até a casa dela. Tudo isso, daria o máximo de hora e meia.
A Mãe da moça, sempre preocupada, logo telefonava à Albertina, quando
a filha não chegava a casa pelas 14 e trinta.
Nas primeiras semanas, não havia grandes demoras da moça em chegar
a casa. No fim do 1º mês já as demoras eram substanciais. E no fim do 2º mês tornaram-se
inadmissíveis. De modo que eu resolvi sair da minha casa atrás da empregada e
segui-la. Vi logo que ela saía e não se dirigia para a paragem do Autocarro na rua
de São José.
Ela descia a rua João Antunes Guimarães, virava no fim dela à
direita e ia, na rua de São Victor, entrando numa porta ao lado da Garagem onde
eu costumava fazer a lavagem do meu carro.
Eu já tinha dado conta
que no 1º andar da porta em causa, havia um “prostíbulo” (bordel). Cheguei lá e toquei
à campainha: Uma “Senhora de Alterne” já de certa idade, abriu a porta, mas
logo disse: “O senhor não pode entrar”. Triste, como a noite, voltei para casa
e disse à Albertina que telefonasse à senhora da herdade, relatasse o sucedido e
dissesse que a filha dela jamais entraria em nossa casa. E isso porque, de experiências desde a
minha juventude, sabia que essas “Senhoras de Alterne” exigem que as jovens vindas de casas particulares têm ordens para lá roubarem todos os objectos de ouro, de prata, pedras preciosas, etc., etc., e entregarem todos esses objectos à Senhora de Alterne. Claro que a Mãe da moça ficou “lavada em lágrimas” e não mais soubemos dela. Nem sabemos que objectos a filha nos roubou, pois nunca tomei conta dos objectos de ouro, de prata, pedras preciosas, etc, que a Albertina comprou e nem ela guarda com cuidado, quaisquer desses objectos.
Um outro episódio familiar, provocado por “Senhora de Alterne”
Até
cerca dos 15 anos a nossa filha (ASBM) manteve uma vida serena. Ia connosco à
missa dos Congregados e até cantava no coro. O padre era o Actual bispo de
Braga, que nos ficou a conhecer bem. Depois, inscreveu-se para treino de
Voleibol onde teve uma professora, a qual era, certamente, idealmente da
extrema esquerda e sexualmente tarada ou “chefa” de alguma casa de prostituição.
Casualmente, apanhei do chão um papel dessa professora dirigido à Xanda que,
pelo conteúdo, revelava as “qualidades” dessa peste que entrou na vida da Xanda
(e na Nossa vida). Claro que, de imediato, mostrei o papel à Xanda e disse-lhe que
ela não mais poderia voltar aos treinos de Voleibol. Não sei se voltou o que
sabemos é que não mais foi connosco à missa dos Congregados. Tem um filho já
com 20 anos que não foi baptizado e uma filha com 12 anos que também não foi baptizada.
Em tudo isso eu cometi o “erro” de não procurar saber como é que actuam, em Portugal, pelo menos, as “Senhoras de Alterne” para “capturar” jovens para o seu SUJO NEGÓCIO.
Vi
que em Paris o Negócio era anunciado num jornal como “entretenimento”. O “anzol
para apanhar o “cliente” é o nº de telefone.
Alguns
jornais diários e alguns semanários têm uma ou duas páginas também com títulos
de “entretenimento” e com nºs de telefone como “anzóis”. Mas aí a falta de
vergonha é maior porque cada nº de telefone é sempre acompanhado de uma pequena
foto pornográfica.
Também,
praticamente em todos os jornais há secções com anúncios de “Discotecas e bares”, com bebidas e dança,
bem como Night Clubs com bebidas e dança; Casas de
Diversão Noturna bebidas e dança.
Cada uma dessas “Casas de entretenimento” têm um nome “Atractivo” e às vezes revelativo do tipo de “Mercadorias”
que lá se oferecem
Naturalmente, que para estas “Casas de entretenimento” as “Senhoras de Alterne” mandam representantes com corpos também muito sexualmente atractivos, representantes que, por vezes até oferecem excelentes bebidas aos seus companheiros (nas quais há sempre alguma droga “moderna” como a ecstasy). Tudo isso, dá origem ao que quase todos os dias as TVs anunciam: “morto numa briga à saída da Discoteca XYZ. O “Segurança”, desarmado, nada pôde fazer.
Moulin Rouge é um cabaré tradicional,
construído no ano de 1889 por Josep Oller, que já era proprietário
anteriormente do Paris Olympia. Situado na zona de Pigalle no Boulevard de
Clichy, ao pé de Montmartre, em Paris, França. É famoso pela inclusão no
terraço do seu edifício de um grande moinho vermelho.
Num cabaré as pessoas da plateia não dançam;
apenas vêem dançarinas no palco “de perna ao léu”, algumas mostrando grandes
dotes artísticos.
(Continua)
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