Até que enfim, um
autor Transmontano arrebata um dos mais cobiçados prémios literários em língua Portuguesa:
50 mil euros.
BARROSO da FONTE
Este arquiteto que
nasceu em 1963, se formou na Universidade de Évora e vive em Vila Nova da
Cacela, no Algarve. Já tinha ficado em segundo lugar, no mesmo concurso, mas em
2012. concorreu, de novo, em 2021 com o livro «As Pessoas Invisíveis», eleito
por unanimidade, entre 732 originais concorrentes.
José Carlos Barros
tem, em prosa e poesia, uma vasta obra, nomeadamente já distinguida em diversos
outros certames. Um exemplo em poesia foi em 2009 com o Prémio Nacional de
Poesia sobre Sebastião da Gama.
Em 2010, 2016 e
2019 o Júri do Prémio Leya, com base na falta de qualidade, entendeu não
atribuir o Prémio. Em 2018 o Prémio coube ao escritor Brasileiro Itamar V.
Júnior, com o livro Torto Arado que viria a vencer mais dois prémios: Jabuti
e Oceanos.
O Arquiteto Carlos
Barros foi deputado à Assembleia da República e Vice-presidente da Câmara de
Vila Real de Stº António pelo PSD, continua como
vereador na mesma autarquia. Foi Técnico Superior e diretor do Parque Natural
da Ria Formosa.
Temos
que regozijar-nos com tão importante prémio para a Língua Portuguesa.
Regozijo
que atenua o vazio de prémios atribuídos a tantos e tão significativos
escritores de Trás-os-Montes e Alto Douro. E esse vazio é tão mais lamentável,
quanto é certo que, até em concursos promovidos na região Transmontana,
aparecem júris e prémios, de fora, da segregada Província. Sirva de exemplo o
prémio da Casa de Mateus. Quase apetece dizer que numa Província com uma
Academia de Letras, com o Grémio Literário e com uma Universidade e um
Instituto Superior, não se tomem atitudes que invertam o provérbio: «santos da
porta não fazem milagres».
Até
nisto se aplica aquele queixume de Miguel Torga: pobre povo, fazem-te tudo,
brincam contigo, gozam-te por isto e por aquilo e tu, continuas a ajoelhar
quando passa a procissão…
Barroso da Fonte
Nota de Tempo Caminhado:
José Carlos Barros, como natural de Boticas (n. 1963) foi um dos participantes/colaboradores da Antologia de Autores Transmontanos, Durienses e da Beira Transmontana, editada pela Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro de Lisboa em 2018 (Exoterra), com o poema Caminho de Casa.
Sem comentários:
Enviar um comentário