domingo, 19 de dezembro de 2021

Autos de Fé – A arte de destruir livros

  

O Maio de 68 cria a palavra “facho”, destruindo valores e promovendo outros como o louvor à pedofilia, celebrando ditadores como Trotski, Castro e Mao, defendidos pelo Partido Comunista Francês, de ideologia inteiramente estalinista. Mas foi Estaline, o homem do Pacto Germano-Soviético, assinado com Hitler, quem utilizou a palavra “fascista”. Fascistas foram os seus antigos amigos: Trotski, Zinoviev, Kamenev. Como foram os que deixaram de concordar com ele: médicos judeus e os cerca de 100 milhões que foram deportados para os Gulag.

Miterrand foi outro histórico destas ideias, como a esquerda cultural que hoje se vem implantando ideologicamente nos Estados Unidos da América, na defesa do “Homem Novo” (ideia fascista), destruindo os valores cristãos e judaicos, alguns dos alicerces da Europa.

Esta ideologia que se vem impondo na imprensa (que esta esquerda domina), tem os seus multimilionários, os seus jornais, os seus ideólogos, as suas universidades, que proíbem a cultura clássica, em favor da transformação da linguagem e dos modos de vida. A Sobornne proibiu As Suplicantes, uma peça de Ésquilo; a Universidade de Bordéus proibiu uma conferência Silvyane Agacinski; a Universidade de Lille -2 proibiu uma conferência de François Hollande. Uma esquerda que beneficia de uma extraterritorialidade moral que beneficia as carreiras dos seus acólitos.

Autos-de-fé, como nos diz Michel Onfray no seu prefácio, “propõe um exercício prático: ver como livros essenciais para estabelecer a verdade foram torpedeados para evitar que as suas mensagens, verdadeiras, não chegassem ao seu destino.

Pelos seus danos? Pela sua perigosidade? Pela sua toxicidade? Pela sua ameaça? Foram muitos os livros que se propuseram destruir as mitologias do momento.

Mas é sabido: o primeiro a dizer a verdade tem de ser executado.”.


“Autos-de-fé é um livro que chama os bois pelos nomes: contra o decolonialismo, o neofeminismo, o racialismo, a teoria do género, o comunitarismo, que estão a formar um verdadeiro neofascismo de esquerda, com a cumplicidade activa de muitos intelectuais e universitários.”.

Onfray, com coragem, denuncia o domínio desta esquerda fascista ao longo deste último meio século. Curiosamente, não reflecte sobre Gramaschi, mas enuncia os autores que, por ideologia, foram massacrados por esta esquerda fascista: Simon Leys, Aleksandr Soljenítsin, Paul Yonnet, Samuel Huntington. Ainda refere Freud e a sua seita e a possibilidade de um árabe cristão.

Outros autores mereceriam referência neste livro. A Onfray lembramos, pelo menos, mais dois: Varlam Chalamov e Vassili Grossman.

 

Aliás, esta esquerda fascista é a responsável por toda a censura que sujeita hoje os cidadãos a meros personagens de 1984 de Orwell, porque para essa esquerda fascista há uns mais iguais do que os outros. É ela a responsável pela censura de livros que povoaram o imaginário da nossa infância e adolescência: Asterix, Tintin, Lucky Luke, e por aí adiante.

Uma esquerda abominável. Para Trotski e para todos estes esquerdistas leninistas e estalinistas tudo o que decide a revolução é bom, tudo o que a contraria é mau.  Escreveu-o em A Moral Deles e a Nossa. Como exemplo: Matar um comissário do povo que acabou, por capricho, de violar uma mulher é mau; matar um camponês que guardou alguns cereais após a ceifa, para dar pão aos filhos, é bom.


Portanto, uma esquerda assim:


Ou assim: 


“Como outros historiadores argumentam, a grande fome foi em grande parte causada pelas falhas do comunismo como sistema económico. Mas os novos dados mostram que essa falhas foram maiores onde moravam mais ucranianos.” #Holodomor
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Expresso
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O genocídio de Estaline expresso.pt/opiniao/2021-1


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