Dona Maria Adelaide de
Bragança, uma desconhecida heroína portuguesa.
Trabalhou como
Enfermeira na Áustria. Foi durante muito tempo a mais idosa princesa de
Portugal. Tia de SAR Dom Duarte Pio, atual Duque de Bragança, era a última neta
do rei D. Miguel. Nasceu em 1912.
Durante a Segunda
Guerra Mundial foi condenada à morte duas vezes.
A primeira condenação
deveu-se a quando chefiava uma rede que tinha por missão fazer fugir pessoas procuradas,
perseguidas ou condenadas pelos Nazis. Desde paraquedistas aliados, espiões,
judeus e outros. Foi apanhada pelas SS e condenada à morte. O governo de
Salazar ao saber da noticia interveio imediatamente, afirmando que era cidadã
portuguesa e após muita luta diplomática, conseguiu salvá-la.
A segunda condenação será ainda mais
"heroica". Novamente agente da resistência, tem por nome de código
"Mafalda", fazia a ligação entre os Ingleses e o Conde Claus von
Stauffenberg, líder do atentado falhado contra Hitler, a chamada operação
Valquíria. É apanhada, condenada à morte pela segunda vez mas desta feita é
salva pelos soviéticos, após a vitória destes em Viena.
Voltou a Portugal em
1949 e por cá ficou. Faleceu em 2012.
Neta de D. Miguel I e última filha de D. Miguel II, Maria Adelaide de Bragança, Infanta de Portugal, nasceu em Janeiro de 1912. Desde muito cedo, foi testemunha de um mundo em transformação. Assistiu à queda de impérios, viveu por dentro duas guerras mundiais e participou activamente na resistência contra os nazis. Por duas vezes esteve presa e em ambas foi condenada à morte. A intervenção directa de Salazar numa delas e um desenlace surpreendente noutra permitiram que continuasse a sua luta.
Ao chegar a Portugal, já casada, com o
seu estilo sincero, directo e inconformado, continuou a defender as ideias em
que acreditava, no auxílio aos mais desfavorecidos, desagradando a uma
sociedade que considerava a sua actuação pouco adequada a uma pessoa da sua
condição. A Infanta Rebelde mostra-nos a vida de uma figura absolutamente ímpar
na História Contemporânea de Portugal, mas, acima de tudo, o retrato de uma
mulher que teve a coragem de ultrapassar todos os obstáculos e lutar pelo ideal
que dava sentido à sua vida - tornar a sociedade, tal como a sua natureza, mais
justa e benévola.
https://www.fnac.pt/D-Maria-Adelaide-Braganca-A-Infanta-Rebelde-Raquel-Ochoa/a361015
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