Neste volume são apenas
transcritos os contratos realizados entre os mais diversos artífices
setecentitas e os juízes das igrejas, incluindo os fregueses, para as obras
realizadas em igrejas, capelas, e obras particulares e públicaas em Penaguião,
encontrados no Arquivo Distrital de Vila Real (ADVR).
Destes contratos
retira-se que a complexidade processual que envolvia a realização destas obras
setecentistas é inequívoca.
Por ela se pode
estabelecer uma cronologia precisa, desde a projecção à execução, além de
outros elementos, tais como os seus intervenientes desde a entidade contratante
aos contratados, fiadores e abonadores.
Aos mestres era pedida a
responsabilidade da obra através de contrato que, muitas vezes, culminavam em
escritura pública, assumida nos apontamentos que subscrevia, mas cuja chancela
poderia ter várias origens: o próprio mestre, o juiz da igreja, um ou outro
religioso, entre outros.
O preço das obras era
estipulado em arrematação, normalmente pelo lance mais baixo, na rua pública ou
no adro da igreja. E estas, depois de arrematadas poderiam ser trespassadas a
outros mestres.
Os pagamentos eram feitos
em prestações várias, assim que os mestres revisores, normalmente dois, e
escolhidos por ambas as partes, o entendessem, exigindo um prazo de conclusão,
coincidindo, regra geral, com o calendário religioso.
Alguns mestres trabalharam em parceria (ou equipa), constituindo autênticas oficinas locais e sociedades.
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