segunda-feira, 1 de março de 2021

O burro nas histórias dos serões de província ...

 

2 comentários:

  1. O zurro dos burros e as suas conotações ... JOÃO DE DEUS RODRIGUES

    Escrever sobre os burros sem referir o seu cantar, seria o mesmo que ir a uma igreja e não ver santos. Seria, diria mesmo, uma omissão imperdoável! Porque o zurro do burro é uma das características que melhor o define, entre todos os quadrúpedes. É uma das suas marcas, a par do tamanho da cabeça, das orelhas e da teimosia...
    ...
    Burro, animal manso e esperto,
    Quero ver-te, como outrora vi,
    A zurrar por todo o lugar, a coberto
    Da ameaça que recai sobre ti.

    O teu passado glorioso fala por si,
    E os teus feitos, relevantes, aí estão.
    Para mostrar aos vindouros, na ocasião,
    Quanto sofreste para chegares aqui.

    Os caminhos trilhados são extensos,
    Os campos lavrados, uma imensidão.
    Fome, dor e trabalhos foram imensos.

    O muito que sofreste com abnegação,
    Sem queixume de qualquer espécie,
    É bastante para te salvarem da extinção.

    ... (...)

    IN BURROS? SIM, MAS SÓ DE NOME!

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  2. Burros Famosos e Célebres

    Em todas as raças de burros, aqueles que mais se destacaram, pelo seu simbolismo e misticismo, foram, sem dúvida, a burrinha que está associada a Nossa Senhora, e ficou conhecida como a burrinha de Nossa Senhora; e depois, e também pelo seu misticismo, o jumentinho que Jesus pediu ao discípulo que fosse buscar à povoação, e Ele montava quando era Aclamado pelo multidão, em Jerusalém, no dia da Entrada Triunfal, hoje chamado domingo de ramos.
    A seguir, temos a mística e lendária burra Barak, do profeta Maomé, e outros burros ...

    (...)

    O BURRO NA LITERATURA E NA ARTE

    ... A) Na Ópera Cómica (Revista)

    "O Burro do Senhor Alcaide". Ópera cómica, em três actos. Um original de Gervásio Lobato e D. João da Câmara, representada no Teatro Avenida, em Lisboa, no ano de 1890.Considerada uma das melhores óperas cómicas de sempre, no seu género, do teatro português.

    B)Na Poesia (Satírica)

    José Agostinho de Macedo, Frade da Ordem de Santo Agostinho, filho dum ourives, nasceu em Beja, em 1761, estudou em Lisboa e professou em 1778; tendo falecido em 1831. Foi considerado um homem de carácter turbulento, ao ponto da Ordem o ter expulsado no ano de 1792. Mantendo-se, contudo, ligado à igreja como padre secular, onde foi um bom pregador.
    Escreveu várias obras filosóficas, de Teatro e outras. Como "O Homem ou os limites da Razão"; "Demonstração da Existência de Deus"; "A Besta Esfolada"; "Meditação"; "A Natureza" e outras.
    Contudo, é em "Os Burros ou o Reinado da sandice", poema cómico - satírico, escrito e publicado em Paris no ano de 1827, que a sua veia mordaz, e pendor combativo, sobressaem.
    Na dedicatória do livro, ao Geral dos Bernardos, escreveu ele, cito:« Sempre o mundo sentiu e conheceu que dizer burro e dizer frade bernardo era dizer a mesma coisa e corresponde a uma mesma ideia; pois se ser frade bernardo é ser burro, quanto mais o deve ser Vossa Reverendíssima que é seu geral...». E mais adiante remata: «Os meus burros ficarão simpaticamente unidos com a mesma arreata, cobrirá a todos uma mesma albarda...».
    ... (...)

    In BURROS?...SIM, MAS SÓ DE NOME!

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