Por ARTUR FERREIRA
Vejo o meu país como um
“osso” lambido, rilhado e espremido até ao tutano, arrastado por “cães” desde
há muitos anos, que teimam fazer dele o seu troféu!
Um osso duro de roer para
muitos e, para alguns, fácil de mais! Roído até à medula, com uma dívida
pública crescente em mais de duzentos sessenta e oito mil milhões de euros…
Há gente a escrever
livros com nomes dos culpados sem que daí resulte qualquer correcção ou
punição.
“Tudo
Pelo Poder”! Rui Cardoso, Engenheiro Electrotécnico e
Jornalista, conta a “História deste país através daqueles que tudo fizeram para
chegar ao Poder… ou para não o perder.” Na introdução do livro “As causas das
coisas”, escreveu: “Não sei se a História de Portugal é mais rica em peripécias
que a doutros países europeus… Pois não é costume dizer-se que começou tudo com
um filho (D. Afonso Henriques) a bater na mãe (D.ª Teresa)? De um país assim
nascido que se poderia esperar?”
“Os
Predadores”! Vítor Matos, Jornalista, descreve de
forma clara tudo o que os actuais políticos fazem para conquistar o poder! “Chapeladas,
Manipulações e outras Vigarices que os Políticos fazem para conquistar o Poder.
Como Relvas fabricou Passos Coelho através de uma rede de influências e
recompensas. O mérito não é critério de escolha para a ascensão política: vale
tudo para ter votos. Até oferecer dentaduras…”
“Reinventar
a Democracia”! Manuel Arriaga, Professor Universitário,
escreveu para expressar o seu pensamento da forma de recuperar o controlo sobre
o nosso futuro. Dá dez razões para justificar que os políticos não nos representam
(e nunca representarão): “ 1 - Corrupção; 2 - O jogo eleitoral dá aos políticos
os incentivos errados; 3 – O mundo da política atrai as pessoas erradas; 4 – Os
políticos sentem-se imunes ao controlo dos cidadãos; 5 – Os partidos e as
eleições corrompem moralmente os nossos dirigentes políticos; 6 – As normas no
mundo da política: um convite à conformidade e inacção; 7 – Os efeitos
psicológicos do poder e a identificação com outras elites; 8 – A ideologia
enviesa o pensamento; 9 – A classe política não é demograficamente
representativa da população geral; 10 – Talvez as mãos dos políticos estejam
efectivamente atadas.”
“A
Política em Tempos de Indignação”. Daniel Innerarity,
Professor Universitário, considerado um dos 25 grandes pensadores mundiais. Um livro
profundo no que à política diz respeito, uma reflexão extraordinária que me
obrigou a uma leitura muito atenta. Realço apenas umas frases: “Parte II – A
Condição Política – O discurso político, alínea a): A retórica e as ideologias
sob suspeita; Platão formulou a versão mais irreconciliável do antagonismo
entre o poder e a verdade ao considerar que a política democrática prefere
sistematicamente a popularidade à verdade; Como se a arte de governar não fosse
mais que a capacidade de enganar os outros e o exercício do poder estivesse
irremediavelmente ligado à mentira; Como escrevia Thomas Payne com sarcasmo,
qualquer pessoa que fale bem é capaz de convencer os outros de que os burros
voam.”
“A
Morte da Competência”! Tom Nichols, Professor
Universitário, escreveu: “Aquilo que me choca particularmente hoje em dia não é
que as pessoas descartem a competência, mas a frequência com que o fazem, em
relação a assuntos tão diversos, e a raiva com que o fazem.”
Em vésperas de eleições
Presidenciais, sei quem vence e é reeleito, Presidente da República. Não me
aquece nem me arrefece! Este texto é escrito em 7/01/2021, com a Justiça e o
Governo em dificuldades para justificar o injustificável! A suspensão da tomada
de posse de juízes presidentes de três comarcas e a nomeação de José Guerra
como procurador da União Europeia são a prova real do que aqui foi escrito e
transcrito!
“43 Anos e 6 Meses de Má Política”!
Luís Naves, Jornalista, compilou as grandes frases que marcaram a política
portuguesa entre 1973 e 2016. Destaco uma das frases do actual Presidente
reeleito, Professor Marcelo Rebelo de Sousa, proferida em 25-10-2003: “A minha
maior ambição política é não ter ambição política nenhuma.”
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