Por BARROSO da FONTE
Primeiro: o poder político, as agremiações culturais, o lobis que
gravitam e mamam todos os grandes apoios do Estado, praticam o provérbio
latino; os burros coçam-se uns aos outros, a começar pela constituição dos
júris.
Segundo: atravessamos um tempo em que para se obter um prémio dito
nacional ou de elevada importância, o premiado tem que possuir a auréola de
esquerdismo, de gay, de lésbica, de fofoquice libertária e, alinhar,
subscrevendo todas as petições públicas que cheirem a contestação a todas
insurreições contra as normas sociais.
Está hoje na moda o marketing empresarial que visa instituir prémios
literários, jornalísticos e afins que poderiam ser benéficos, plurais e justos
se os julgadores fossem isentos e oriundos do país real. Mas não fazem isso:
entregam «o ouro a bandido» para que repartam entre os seus pares, a escolha
dos avaliadores. Esses lobis já sabem que determinado prémio vai este ano para
fulano tal porque, na edição seguinte, retribui-se o prémio àqueles que no ano
anterior foram os sortudos.
Funciona com esta promiscuidade mafiosa, a mesma que os construtores
civis, adotam para alternar com os ajustes diretos. Todo o mundo sabe destes
truques. Mas ninguém reage porque falta moralidade aos decisores.
Sou mais velho do que Jorge Lage e de dezenas de muitos e talentosos
autores, quer das artes quer das letras. Sou admirador de todos e, sempre que
mais um se revela, sendo Transmontano, é o primeiro clic que anoto. Assim fiz
nos três volumes do Dicionário dos Mais Ilustres Transmontanos e Alto Durienses
e nalgumas antologias e também na Academia de Letras de Trás-os-Montes de que
fui outorgante número quatro. Pela qualidade e quantidade destes largas dezenas
de criativos, se mostra o mediatismo destas gerações que enriquecem a cultura
Portuguesa. Jorge Lage brilhou já em todas as frentes. É sempre dos primeiros a
noticiar o que de bom vai acontecendo à nossa volta. Como investigador da
Castanha e sobre o Castanheiro é aquele que tem mais estudos.
Na defesa de Trás-os-Montes está quase sempre na linha da frente. Parabéns
notável Amigo.
Boa noite Doutor Barroso da Fonte! Obrigado pelo seu texto generoso para comigo. Sempre tenho promovido a nossa terra e a nossa gente. Não estou preparado para os louvores generosos porque sou apenas um trabalhador. E a distinção vai para todos os que me apoiaram e me ajudaram sem eles não teria a mesma força. Depois, queria louvar a sua coragem em dizer duas verdades a uma certa "panelinha" de Lisboa. Eu sou muito poucochinho perante pessoas tão ilustres e com grande obra como o Doutor. Barroso da Fonte. Agradecer, também, a generosidade do Doutor Armando Palavras em divulgar esta distinção. Jorge Lage
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