Recebido
por mensagem e digno de leitura, para gáudio e chacota a quem a mereça...é uma
carta aberta publicada algures e dirigida ao deputado Ascenso Simões,
recentemente notabilizado no exercício triste da hilaridade bacoca.
"Meu Caro Ascenso Confusões,
Analisei atentamente as suas últimas declarações, em que justifica a sua
posição contra o voto de pesar da Assembleia da República sobre a morte de
Marcelino da Mata, e que me merecem algumas considerações.
Antes de mais, meu caro Inveja Simões, esclareço que o trato de caro, não
porque por si nutra alguma consideração, carinho ou respeito, mas porque me é
caro, a mim, e a todos os portugueses que o sustentamos, pois se desenvolve
algumas atividades pro bono, não foi pro bono, mas sim pro bolso, que foi
aquilo que pagamos durante os anos em que desempenhou funções na administração
da ERSE…
Depois, caro Inveja Cifrões, trato-o agora de inveja, por que estou convencido
de que uma das razões das sábias palavras que proferiu, os outros motivos
comentá-los-ei mais à frente, é a inveja , a certeza de que quando morrer ,
mais tarde ou mais cedo, ninguém se vai lembrar de si , nenhuma celeuma vai
surgir á sua volta, se deve ser glorificado ou criticado, pois caro Inveja
Simões, o senhor não passa de mais um zero á esquerda, a quem , infelizmente os
médias dão palco… Mas esteja confiante, caro Esquecimento Simões, de que quando
morrer, se for nos tempos mais próximos, o mais que se poderá ouvir será um
generalizado e nacional suspiro de alívio, mas se for daqui uns anos , no
momento da sua ascensão , Simões, ninguém se vai lembrar de si, ninguém irá
falar em Ascenso Panteões…
Mas antes de passar ao elogio das suas nobres palavras, caro Inocente Simões,
uma pequena declaração de interesses:
• Não tenho nada contra a sua cor de pele, não sou, portanto, racista, e isto
apesar de, meu caro Aumento Simões, ter tornado a vida muito mais negra aos
consumidores de energia em Portugal, sejam pessoas ou indústrias, durante a sua
passagem pela ERSE.
• Não tenho nada contra as gentes de Vila Real, meu caro Ascenso Exceções,
antes pelo contrário tenho a melhor das impressões das gentes daquela região,
onde vivi sucessos e desgostos desportivos, proferi palestras académicas, e com
cuja universidade, ainda hoje, desenvolvo, em trabalho conjunto, inovadores
projetos profissionais. Tenho lá bons Amigos, e sempre houve um enorme carinho
recíproco entre os habitantes de Vila Real e a minha humilde pessoa… Mas não há
regra sem exceção…
• Não tenho nada contra a AESE/IESE , meu caro Infelizmente Simões, entidade de
ensino que também frequentei, e que muito veio a contribuir para o meu
desenvolvimento, tanto profissional, como pessoal, o que infeliz e
excecionalmente, não parece ter sido o seu caso…
E após este longo prefácio, meu caro Inocente Simões, chegamos finalmente ao
tema que aqui me trás, as suas palavras sobre a falta de sangue no 25 de Abril
, sobre a negação da existência de uma civilização portuguesa pluricontinental,
e sobre o desmantelamentos das obras que evoquem o sucesso de Portugal, e a sua
importância como potência mundial, até ao advento do 25 de Abril de 1974.
Meu caro Ignorante Simões, tem como atenuante o facto de todos nós termos
consciência de que hoje, para singrar no PS, salvo raras e honrosas exceções,
tem de se ser ignorante, pouco culto, dotado de alguma flexibilidade de
princípios, ser eticamente maleável, e não muito inteligente. Meu caro Ascenso
Submissões, é do conhecimento geral, que um individuo normal, não dotado das
características acima referidas, jamais aceitaria a vassalagem intelectual e
moral para singrar no partido de que faz parte. Mas vamos comparar as suas
torpes insinuações com fatos:
A primeira:
no 25 de Abril “devia ter havido sangue, devia ter havido mortos”.
Permita-me relembrar, meu caro Ascenso Insinuações, que do 25 de Abril
resultaram:
• só em Angola, foram 2 milhões de mortos, 1.7 milhões de refugiados, e 80 mil
estropiados; dois milhões de seres humanos que eram portugueses, até serem
traídos e abandonados por si e pelos seus camaradas… 1, 7 milhões de seres
humanos que eram portugueses, até serem traídos e abandonados por si e pelos
seus camaradas… 80 milhares de seres humanos que eram portugueses, até serem
traídos e abandonados por si e pelos seus camaradas;
• em Moçambique na guerra civil dos 16 anos foram mais de um milhão de vítimas
da guerra e da fome, mais de um milhão de seres humanos que eram portugueses
até serem traídos e abandonados por si e pelos seus camaradas. E a chacina
ainda vai no adro…
Acha pouco sangue português? E falo aqui no sentido literal… É claro que não
houve sangue entre os seus camaradas de abril, que por vis motivos de soldo,
renegaram a Bandeira e a Constituição a que tinham jurado fidelidade,
prestando-se a ser marionetes de interesses estrangeiros que vieram a ser
responsáveis pela chacina acima descrita…
Meu caro Ascenso Traições, acha pouco sangue ainda? Pode então adicionar o dos
portugueses da Guiné e de Timor, mais umas dezenas de milhares de seres
humanos, que eram portugueses, até serem traídos e abandonados por si e pelos
seus camaradas …..
A segunda :
“Falta o conhecimento da história. Falta perceber verdadeiramente que não
tivemos império nenhum. Que os tempos que vivemos desde o século XV até ao 25 e
Abril foram tempos de grande instabilidade que nunca consolidaram império
nenhum, mas esse império que está na nossa cabeça é o império salazarista. É
uma construção simbólica do império salazarista…
Meu caro Ignorante Simões, Portugal, sendo, no seu início apenas uma pequena
nação na Europa, vive tempos de instabilidade desde a sua fundação até hoje;
que saudades temos desses tempos de instabilidade, uns dias melhores outros
piores, umas épocas mais fracas, outras mais ricas, mas sempre na perspetiva de
que as dificuldades, de uma forma ou outra, seriam vencidas, e que dias
melhores viriam.
Hoje, meu caro Esbanjamento Milhões, graças a si e aos seus camaradas, temos
estabilidade na miséria:
Pedimos aos países ricos remédios como esmola, aos países civilizados que nos
mandem médicos, enfermeiros e equipamentos, pedimos dinheiro emprestado para
comprar comida no mercado mundial…
Espera-nos talvez o risonho futuro dos portugueses de Angola, Moçambique,
Guiné, Timor, que vivem na miséria material e intelectual, nós vítimas, tal
como eles de termos sido traídos e abandonados por si e pelos seus camaradas.
Atrevo-me a perguntar-lhe, meu caro Ascenso Negações: As populações das nossas
antigas províncias ultramarinas vivem melhor hoje do que nos tempos da
administração portuguesa? Será o atual triste destino dessas luso-Pessoas, o
futuro aqui?
A terceira:
que a ponte Salazar mudou de nome para ponte 25 de Abril, também o Padrão devia
ser destruído enquanto “monumento do regime ditatorial” que é.
Meu caro Ascenso Sugestões, tenho vindo até aqui a criticá-lo, a desprezá-lo
até, mas nesta questão, julgo que a sua sugestão tem algum cabimento; acho que
o meu caro Descenso Padrões e seus camaradas devem ser poupados ao convívio com
as obras dos regimes anteriores ao regime inaugurado em 25 Abril de 1974…
Mas caro Ascenso Revoluções, não vamos destruir o Padrão dos Descobrimentos,
apesar de bem saber que a sua especialidade, e a dos seus camaradas, meu caro
Ascenso Destruições, é destruir, destruir, destruir, sem nada construir!
Também não vamos tapar ou ocultar o Padrão, caro Ascenso Visões, proponho algo
muito mais simples e económico:
Proibir a si Ascenso Restrições, e a seus camaradas, o usufruto, não só do
Padrão dos Descobrimentos, mas de todas as obras construídas pelos regimes,
monárquicos ou republicanos, anteriores ao regime inaugurado em 25 Abril de
1974…
É isso mesmo, meu caro Ascego Negações, para quê o Ascego, e seus camaradas,
sofrerem, no seu dia a dia, o confronto com as realidades que negam, com as
repudiantes estruturas que, de acordo com o que dizem, serão inexistentes,
invisíveis, não passando de obras simbólicas das gerações e regimes anteriores
ao 25/4.
Meu caro, já viu como o Propenso Nulações, e seus camaradas, seriam felizes se
fossem poupados à visão, e banidos da sua utilização, de, entre outros:
• Padrão dos Descobrimentos
• Ponte Salazar
• Parlamento
• Hospital Santa Maria
• Metro
• Caminhos de Ferro
• Hospital Santo António
• Ponte da Arrábida
• Aeroporto de Lisboa
• Aeroporto do Porto
• Porto de Sines
• Porto de Lisboa
• Porto de Leixões
• Universidades
• Liceus
• Escolas
• Vias de comunicação,
• Etc. Etc., Etc.
Meu caro Ascenso Soluções, estou certo de que, entre o aeroporto de Beja,
alguns milhares de rotundas e estátuas autárquicas e pavilhões desportivos,
Ascenso e seus camaradas encontrarão uma forma de viver não seja dependente de
obras feitas por regimes anteriores.
Meu caro Ascenso Intervenções, despeço-me na humilde expectativa de ter o
prazer de, em breve, voltar a ouvir as suas doutas palavras.
Passe bem, Ascenso Luís Seixas Simões!
Luís Sena de Vasconcelos"
FONTE: https://portadaloja.blogspot.com/2021/02/a-queda-de-um-ascenso.html
Mas afinal como é que é o nome deste palhaço?!
ResponderEliminarSorte malvada.Já não bastava o covid!
Até agora, desde que passou pela Secretaria de Estado das Florestas, via no homem um grande zero... Hoje vejo menos do que isso. A não ser que se retrate do que disse em público, deixá-lo-ei de mão estendida se a ocasião se proporcionar... Vila Real merece bem mais...
ResponderEliminarNão sei quem foi o artífice de "afastar" o Doutor Eurico de Figueiredo do PS de Vila Real... Mas chegava a sombra da memória tutelar do Doutor Otílio para lhes serem dadas condições para regressar.