A.M.Pires Cabral, O Cónego, Cotovia, 2007, p. 234.
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Mais exemplos de como consideravam a comida "à portuguesa" em França: Ainda "à portuguesa"
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ResponderEliminar...E assim o fez.
O padre Agostinho deitou-se cedo, mas não dormiu quase nada, estranhando o colchão e a travesseira. Os percevejos não estranhou: tinha-os igualmente sanguinários em Vilarinho dos Castelhanos. Mas estranhou também o bulício no corredor da pensão, que não se aquietou antes dessa uma da manhã : gente que palrava e trepava, portas que batiam. Ah, quem lhe dera ali o bom silêncio da noite de Vilarinho dos Castelhanos... levantou-se cedo e mal disposto, e também ralado: fazia-lhe falta dizer a sua missa matutina, o primeiro dos muitos diálogos que travava com Deus ao longo do dia. Que se lembrasse ...!, ...
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__ Então , minha senhora? Sempre resolveram alguma coisa?
__ Faça o favor de subir.
__ Não subo, não vale a pena. Resolveram alguma coisa?
__ Resolvemos. Diga lá ao senhor Cónego que aceitamos o ajuste. Ele faz-nos o que tem e nós cuidamos dele enquanto for vivo e da casa dele.
__ Louvado seja Deus!__ disse o padre Agostinho com o coração cheio de júbilo.
__ Mas diga-lhe também que não fazemos isso nem por obrigação familiar nem por misericórdia. Fazemo-lo porque nos parece um bom negócio. Deus levou-nos os três filhos que tivemos, mas ainda não desistimos de ter outro filho. Se esse filho vingar, faremos dele um pequeno lorde. O senhor Cónego não tem por isso nada a agradecer. (...)
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A M Pires Cabral In O Cónego