domingo, 13 de setembro de 2020

Um doce de memórias: BORRACHOS

                                    Um doce de memórias: BORRACHOS

Virgílio Gomes
Hoje estou a escrever sobre memórias da minha meninice, um doce que nos era limitado o consumo, pelos nossos Pais, pela concentração alcoólica que parecia conterem. Nascido e criado em Bragança, ir a Espanha era uma prática comum. Lembro-me que na fronteira quase nem sermos identificados pelo conhecimento de ambos os lados e dada a frequência com que fazíamos as deslocações. Depois do final da Guerra Civil em Espanha entre 17 de julho de 1936 e 1 de abril de 1939, seguida da II guerra Mundial entre 1 de setembro1939 e 2 de setembro de 1945, a Espanha encontrava-se numa situação delicada, época na qual o escudo valia mais do que a peseta. Lembro-me de ir a Alcañices e levarmos de presente café em grão e recebíamos de cortesia chocolates e caramelos. Estranho que a minha primeira viagem ao estrangeiro foi a Espanha, mas, irmos a Alcañices, Puebla de Sanabria, Zamora ou Salamanca, não me parecia ir ao estrangeiro! Conheci Madrid antes de conhecer Lisboa!

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