Há uns dois ou três dias
a dona Catarina (aquela rapariguinha do BLOCO) veio debitar umas coisas sobre o
Ensino. Até disse (ao contrário do que é costume) algumas coisas acertadas. O
que originou logo no dia seguinte uma reacção dos centristas (CDS).
Perante esta “pressão”,
dois dias depois o dr. Costa e o ministro da educação foram à escola secundária
da Ramada em Odivelas.
E o que disseram os
cavalheiros?
Tiago Brandão Rodrigues
disse que o ano lectivo irá começar entre 14 a 17 de Setembro, porque este
calendário dará tempo de preparação à comunidade educativa. E afirmou: "haverá um diálogo com os
diversos atores da educação, organizações que representam os trabalhadores,
associações de diretores, confederações de pais.
Falaremos
com todos aqueles que, juntamente connosco, trilharam este caminho difícil
destes últimos meses. Queremos que o próximo ano letivo seja bem mais normal do
que este. Por isso, estamos também a trabalhar com as autoridades de saúde para
saber quais os pilares com que nos podemos mover".
E até acrescentou que as
primeiras cinco semanas do próximo ano lectivo serão dedicadas à recuperação de
aprendizagem.
Disse-se alguma coisa
sobre as questões estruturais das escolas? Sobre os professores e funcionários?
Sobre os funcionários nada e sobre os professores
apenas isto: que o governo "quer que
o ensino seja presencial".
[num
país decente e democrático isto daria “pano para mangas” nas primeiras páginas
dos jornais!].
O governo quer. Mas quer,
como? Com turmas de 30 alunos? Com um número residual de funcionários? Com
falta de regras e indisciplina?
Se, de facto, o governo
quer as aulas presenciais, tem que resolver (para já) estas três questões: Duplicar (no mínimo)
o número de professores, duplicar (no mínimo) o número de funcionários e promover
legislação para impor a disciplina escolar.
E estas são apenas três das questões fundamentais. Porque há outras. Por exemplo, a tutela já alguma vez referiu (ou sequer pensou) no apoio técnico aos professores que não dispõem formação técnica na área das tecnologias? Claro que não, porque em relação a estes profissionais apenas coloca a coisa no trabalho escravo!
E estas são apenas três das questões fundamentais. Porque há outras. Por exemplo, a tutela já alguma vez referiu (ou sequer pensou) no apoio técnico aos professores que não dispõem formação técnica na área das tecnologias? Claro que não, porque em relação a estes profissionais apenas coloca a coisa no trabalho escravo!
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