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BARROSO da FONTE |
Anda por aí alguma
gente que se diz democrata, mas que nada ou muito pouco sabe de democracia. Não
se é democrata por votar neste ou naquele. Deve chamar-se democrata àquele que
pratica a democracia, conscientemente, por atos, por instinto, por convicção.
A pandemia chinesa
que assolou a Humanidade, um século depois da Febre Espanhola, colidiu com a
celebração dos 46 anos do 25 de Abril, em Portugal. Ninguém estava à espera
desta calamidade mundial que todas as nações do mundo aceitaram, como
catástrofe da Natureza. Foi um pretexto asado para mostrarem aos líderes
mundiais que não vale a pena mostrarem a força das armas nucleares, com que
ameaçam os povos minúsculos, pois, todo esse poderio e toda essa sobranceria
raivosa, nada representam perante um vírus silencioso.
O artigo de BARROSO da FONTE, esta lenda viva transmontana, diz tudo. Este assunto merece comentário. Mas não o faremos por respeito a este monumento cultural TRANSMONTANO. Chegará o tempo. |
Esta dramática
epidemia alterou tudo e a todos. E veio, por outro lado, mostrar que a todos e
a tudo, a pequenez humana, responde com insignificância, miserabilismo e
negatividade da personalidade que julgamos ter no domínio social.
O móbil da
polémica que deflagrou na sociedade Portuguesa a propósito da comemoração dos
46 anos da revolução dos cravos, mostra e demonstra as fragilidades do povo que
somos e da hipocrisia que arrastamos pela vida fora. As cerimónias desta data
política serviram mais para comprovar a fraqueza, em que assentam: a
incoerência, a liberdade e o poder de decisão do que a firmeza, a convicção e a
pureza de carácter.
O paradoxo que
envolveu este binómio entre Ferro Rodrigues e André Ventura, por exemplo, foi
testado num desafio claro, livre e, rigorosamente, democrático. Mais isento não
poderia ser.
A constituição da
República criou e mantém ao serviço democrático uma figura fácil, justa e
universal: «a petição pública».
Manuel Alegre, Alberto Martins e Fernando
Rosas, abriram na internet uma dessas formas de pressão para medir a justeza
dos seus argumentos a favor do «Sim» às cerimónias do 25 de Abril.
Outra petição, de
cidadãos menos conhecidos, mas igualmente identificados, subscreveram outra
petição mas apelando ao «não» a essas cerimónias. Nem vale a pena explicar qual
a petição que contou com mais ou menos mediatismo. A verdade é que os
resultados foram categóricos: a petição a favor encerrou à mesma hora da
petição contra. A do «sim» somou: 25.526 votos; a do não somou: 110.228
votos. Ou seja três mediáticos cidadãos de esquerda perderam por 84.702
votos.
Esta foi uma
sondagem para desmitificar a realidade que é subvertida, sistematicamente, por
fatores exógenos.
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