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Apenas os estudantes do 11.º e 12.º anos poderão
voltar, neste ano lectivo, a ter aulas presenciais, anunciou esta quinta-feira
o primeiro-ministro António Costa. “Se e quando” os alunos voltam às escolas só
será decidido em função da evolução da pandemia em Portugal.
Para os restantes alunos, do 1.º ao 10.º ano, o ano lectivo
prossegue em regime de ensino à distância, tal como tinha acontecido até às
férias da Páscoa. Até ao 9.º ano, o ensino terá agora o reforço da nova Telescola, que começa a ser emitida na
RTP Memória a partir do dia 20 de Abril.
“O ano lectivo não acabou”, avisou, no entanto, o primeiro-ministro. A
última fase do ano lectivo vai decorrer na íntegra e terminar “com avaliação”.
“Mesmo à distância, a avaliação vai existir e os docentes vão ter em conta o
conjunto do percurso educativo dos alunos”, garante António Costa. E podem
continuar a chumbar.
Ensino Básico
Os alunos do 1.º ao 9.º ano vão fazer todo o
3.º período em regime de ensino à distância. “A decisão está
tomada e é definitiva” para estes anos de escolaridade, garante António Costa.
A avaliação final dos alunos será feita em cada escola pelos respectivos
professores. Para as suas notas contará o trabalho desenvolvido no
3.º período e os estudantes podem continuar a chumbar, se os professores
assim o entenderem. O Governo decidiu cancelar a realização das provas de
aferição do 2.º e 5.º ano, bem como os exames nacionais do
9.º ano.
Telescola
A “emissão televisiva de conteúdos pedagógicos” – assim designou o
primeiro-ministro a nova Telescola – vai “complementar” o trabalho que os
professores fazem à distância com os seus alunos. As emissões arrancam a 20 de
Abril, através da RTP Memória, um canal que está disponível nos serviços de
cabo e satélite, mas também na Televisão Digital Terreste, uma tecnologia
gratuita e que chega à esmagadora maioria dos lares.
As emissões serão feitas por blocos, divididos por anos de escolaridades,
ao longo de todo o dia, começando pelos alunos mais jovens e terminando ao
final da tarde com os conteúdos para os alunos do 9.º ano. A RTP2 fará um
reforço da programação destinada aos alunos em idade pré-escolar.
Apoios às famílias
O apoio excepcional aos trabalhadores por
conta de outrem e trabalhadores independentes que fiquem em casa a acompanhar
os filhos por causa do encerramento das escolas continuará de pé até ao final
do ano lectivo. As regras são as mesmas das primeiras duas semanas de suspensão
das actividades lectivas. Ou seja, são apoiados os encarregados de educação de
alunos até aos 12 anos, o que abrange o 1.º e 2.º ciclo.
Ensino Secundário
Por serem “anos decisivos”, o Governo entende ser “particularmente
importante” que possam ser retomadas as actividades lectivas presenciais para
os alunos do 11.º e 12.º anos, que realizam exames nacionais. A decisão é ainda
prematura, face aos dados conhecidos sobre a evolução da pandemia. Os alunos do
10.º ano continuam em ensino à distância, tal como os colegas do ensino básico.
Quando regressam as aulas?
“Se e quando se vão retomar” as aulas será decidido posteriormente, anunciou António
Costa, que avançou que o Governo está a trabalhar num “plano B”, que passa
pela manutenção das aulas exclusivamente em ensino à distância, “se a evolução
da pandemia assim o exigir”. Caso voltem às aulas, os estudantes do
secundário vão ter que usar máscara dentro da escola, que será fornecida pelo
Ministério da Educação, e as escolas terão que garantir o cumprimento de regras
de distanciamento. Os professores e outros trabalhadores que façam parte de
grupos de risco são dispensados do trabalho.
Exames Nacionais
Mesmo que volte a haver aulas presenciais, apenas as 22 disciplinas
sujeitas a exame nacional serão leccionadas dentro das escolas. As
restantes continuarão a ser trabalhadas à distância.
Os exames do ensino secundário são adiados, para dar mais tempo à conclusão
do ano lectivo. As aulas vão poder estender-se até 26 de Junho. A 1.ª fase das
provas nacionais, que estava marcada para a segunda quinzena de Junho, passa
para os dias 6 a 23 de Julho. A 2.ª fase realiza-se de 1 a 7 de Setembro.
“Os alunos apenas realizarão exames finais nacionais nas disciplinas que
elejam como provas de ingresso para efeitos de concurso nacional de acesso ao
ensino superior”. Os que se destinam apenas para “aprovação de disciplinas e
conclusão do ensino secundário” estão cancelados.
Pré-Escolar
O Governo afirma que as actividades nos jardins-de-infância só poderão ser
retomadas quando “forem revistas as actuais regras de distanciamento”. As
crianças têm, por isso, que continuar em casa. António Costa assegura que é
prematuro definir um prazo seguro que permita saber quando serão alteradas
essas regras”.
Acesso ao ensino superior
António Costa não abordou a questão do acesso ao ensino superior, mas o
Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior anunciou entretanto que o
calendário de acesso ao ensino superior vai ser integralmente atrasado em cerca
de três semanas. Os resultados da primeira fase do concurso nacional de acesso
vão ser conhecidos a 28 de Setembro. As candidaturas são realizadas durante o
mês de Agosto.
LER MAIS
O que ainda não sabemos
De fora da avaliação feita esta quinta-feira ficou também o que vai
acontecer com as creches.
Mário
Nogueira comenta decisão do governo.
Veja o vídeo
AQUI
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