JORGE LAGE |
A
fascinante «História das Famílias» e a «Árvore Genealógica» são dois temas de
estudo e de conhecimento que me deixam apaixonado. Se não tivesse enveredado
pelo estudo etnográfico, provavelmente tinha mergulhado nesse mundo que não nos
deve deixar indiferentes, quando cogitamos de onde vimos e para onde vamos? Se
pensarmos que temos dois pais, quatro avós, oito bisavós, dezasseis trisavós,
32 tetravós, 64 pentavós, 128 hexavós, 256 heptavós, 512 octavós, 1024 eneavós
e 2048 decavós… Podíamos continuar indefinidamente este exercício geracional ou
de milagre da vida e de extrairmos um pouco de nós, das gerações que nos
sucedermos. Quem é mestre nestes ramos de saber é a «História do Povo Judeu» e
o registo admirável do livro do Géneses. A ciência encontrou outro grau de
parentesco através do nosso código genético.
Prefiro entrar pelo legado
cultural e civilizacional, entrando aqui, à pressão, as ideologias, as
ideologias falhadas e as que procuram destruir a célula familiar, alicerce da
nossa civilização ocidental ou judaico-cristão. As palavras «causas
fracturantes» é um eufemismo para implantar um fascismo ideológico exacerbado e
cego, com total desprezo da vida humana. Veja-se o que aconteceu na China de
Mau, só entre 1958 e 1960, um extermínio de cerca de 40 milhões de camponeses
chineses, incómodos para o sanguinário ditador. O horrendo Hitler não fez
correr tanto sangue inocente no hediondo genocídio dos judeus e de outras
minorias. Renegar os antepassados seria do pior que me poderia acontecer na
vida e sentir-me-ia um traidor para sempre. E na nossa sociedade em que um cão
vale mais do que um velho? Mas, ao pensarmos um pouco e procurarmos as origens
da Humanidade chegamos à conclusão que as diferentes raças têm todas a mesma
origem. O, escultor e pintor tempo é que lhe deu um visual diferente, conforme
o ponto do globo em que se desenvolveram. Pensarmos sobre a nossa origem, as
lutas travadas, os períodos de fome, as guerras, as vicissitudes e quanta força
para viver deixaram, aproximando-nos do fim da civilização ocidental, com as
leis que não acautelam a vida, a família ou o clã de outrora. Queria deixar o
desafio municipal de se criar uma secção de recolha dos rostos do nosso
concelho, para evitar que muito registo fotográfico se percam para sempre,
embrião do «Museu da Fotografia e Imagem do Concelho de Mirandela».
Prezar a memória dos nossos antepassados é um dever e, diria até, uma obrigação.
ResponderEliminarParabéns pelo tema!.
Os municípios hoje gastam mais dinheiro em canis do que na cultura.