quinta-feira, 19 de março de 2020

Livros ...


JORGE LAGE

Livro Novo: Hagiografia Paroquial do concelho de Mirandela – O ilustre Cónego Silvério Pires, autor da «Hagiografia Paroquial – Concelho de Mirandela», teve a amabilidade de me enviar um exemplar, que desde já me sinto muito reconhecido deste seu novo livro. É um livro de grande fôlego, com 750 páginas em bom papel e capa belíssima. Ilustram esta obra cerca três centenas e meia de imagens, ao longo de trinta capítulos de outras tantas freguesias, arrolando as igrejas e capelas do nosso concelho nas componentes hagiográficas e de património cultural. O Cónego Silvério Pires tornou-se uma personalidade incontornável de Mirandela e do nosso distrito pela obra de uma vida que vai produzindo. A própria nomeação de «Cónego» é um reconhecimento da Igreja diocesana pelo seu muito trabalho apostólico, no seminário como reitor e «Doutor em Direito Canónico», pela Universidade Pontifícia de Salamanca. Foi, ainda, Vigário Episcopal do Clero, Religiosos e Consagrados da diocese de Bragança-Miranda, ocupando outros altos cargos da hierarquia diocesana. É «Vigário Judicial» no «Tribunal Interdiocesano», das dioceses de Vila Real, Lamego e Bragança-Miranda. 
Foi professor do secundário, coordenando as monografias: o Pão, o Azeite, o Vinho, a Seda e o Linho. No «Centenário das Aparições de N.ª S.ª de Fátima», publicou outra obra monumental, «A Virgem Santa Maria na Fé da Igreja», livro muito bem documentado. Agora, oferece-nos esta obra monográfica concelhia de grande fôlego. D. José Cordeiro, bispo da diocese, diz ser este livro «um contributo inestimável para a memória» ou um «ensaio cultural» de um «itinerário da hagiografia paroquial do concelho de Mirandela» em que o autor apresenta «metodologia, simultaneamente diacrónica e sincrónica (…) o mapa cultural e espiritual do concelho». Refere que Rentes de Carvalho quando diz que «a aldeia entranhou-se em mim. As casas e as pessoas, os animais, os cheiros, (…) era um todo harmonioso, aconchegado e imutável». O Cónego Silvério, logo na introdução, propõe-se “Cultivar a Memória de um povo”, investigando e calcorreando «as povoações do disperso concelho de Mirandela». Dentro do património material e imaterial das nossas aldeias os seus oragos e as igrejas e capelas assumem um lugar de relevo, não descuidando o autor outros aspectos relevantes. Alguns dados poder-se-iam perder se não fosse este estudo exaustivo que em boa hora veio a lúmen. Personalidades como os Távoras, os Menéres, o Doutor Mirandela e Trigo de Negreiros, entre outras, deixam-nos orgulhosos. As festas da Senhora do Amparo pela amplitude e significado, os festejos dos Reis em Vale de Salgueiro ou na Torre Dona Chama os de Santo Estêvão, todos carregados de riquíssima etnografia. Os dados patrimoniais, materiais e imateriais são imensos, escritos em belas imagens e textos que todos compreendemos facilmente e nos enriquecemos com mais conhecimentos ou saberes. Esteve bem a Presidente da Câmara ao chamar a si e ao Município a publicação de tão significativa obra cultural, e na contracapa refere, a preocupação de «garantir legado e memória», sendo «um livro obrigatório a todos» nós, mirandelensses. Porém, de quem assessora a cultura Municipal, não havia necessidade de chancelar e marcar tanto o apoio camarário. A descrição fica bem a todos, como me foi transmitido por alguns leitores atentos. O que é em demais prejudica ou desvaloriza. Mas, a obra está aí a enriquecer o património editorial municipal e os mirandelenses.

JORGE LAGEJorge LageLivros do mês pelo terceiro ano, em Arganil – Muita gente por esse Portugal adentro conhece alguns dos meus livros sobre o «fruto dos frutos», como Miguel Torga apelidava a Castanha e equiparava os castanheiros imponentes às mitológicas «vestais». O concelho de Arganil foi mais longe e no mês das castanhas promoveu-me a livros do mês, pelo terceiro ano consecutivo. No mês de Novembro a equipa da Biblioteca Municipal percorre o Concelho e vai a lares e outras instituições locais levando os meus livros sobre a castanha, promovendo a leitura, consultando as receitas com castanhas, os jogos lúdicos, as adivinhas, os provérbios, outros saberes ou seja, a cultura castanhícola tão cara e grata às gentes das serranias e montanhas. Também, a actual equipa reitoral da UTAD incluiu-me no protocolo desta academia transmontana. Estou agradecido ao município arganilense e à UTAD. Mas!... Há sempre um «mas»… No meu chão vale o dito bíblico: «ninguém é profeta na sua terra». O protocolo municipal deve ter perdido o meu nome e deixou de enviar a informação periódica, o que não me impede de dar sempre e em qualquer lugar a cara pela nossa boa gente, nossa terra, nosso distrito e nossa região.

Image result for Subsídios para a Bibliografia sobre Trás-os-Montes e Alto Douro, livroImage result for Arvores encantadas, livroMais livros: «Subsídios para a Bibliografia sobre Trás-os-Montes e Alto Douro» e «Árvores Encantadas» – O nosso conterrâneo e muito prestigiado livreiro, Nuno Canavez, tem produzido uma incontornável obra bibliográfica sobre Trás-os-Montes e Alto Douro, saindo agora o volume VI. «Subsídios para uma Bibliografia sobre Trás-os-Montes e Alto Douro», é mais uma edição da Livraria Académica (Porto – 222005988) e impresso na Editora Cidade Berço, do grande escritor e editor barrosão, Barroso da Fonte. Tem um índice toponímico e outro temático, facilitando muito a consulta a investigadores, estudiosas e leitores, sendo uma tiragem de apenas 200 exemplares, com mais de 150 páginas e mais de 900 entradas de outras tantas obras. Parabéns ao Nuno Canavez e venha lá o número mítico do volume sete. «Árvores Encantadas», de Manuela Morais (Murça), viúva do escritor, Fernão Magalhães Gonçalves, que foi grande amigo de Miguel Torga, editado pela «Tartaruga» (tartaruga.editora@gmail.com), a sua editora. Serve-se de uma simbiose de linguagem metafórica e de saberes, em que a autora se coloca por trás do heterónimo, Magnólia, para em conjunto com o seu «Príncipe» usufruírem algumas das maravilhas arbóreas da Natureza. Sensibiliza os leitores para olharem para as generosas e belas árvores mais sensibilizados. Um livro que merece uma leitura atenta e nos humaniza e eleva como agentes activos da biodiversidade. Parabéns à Manuela Morais por mais esta sua obra.

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