quarta-feira, 11 de março de 2020

Em Felgueiras o código é vírus

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FELGUEIRAS, "cidade fantasma"



Mário Adão Magalhães
jornalista (Bom Dia Luxemburgo)


Hoje estou no centro do mundo.
É verdade. A minha cidade, não é nenhum eufemismo, está mesmo uma cidade fantasma – nos moldes que para quase todos significa esta expressão.
Não se vê nadinha debaixo dum sol que torna o dia lindo. Clarinho. Radioso. Luminoso.
Não adianta muito contar que Felgueiras mais Lousada, Vizela e alguns concelhos circunvizinhos, – todos sabem – são o ponto nevrálgico da contaminação pelo Coronavírus ou mais cientificamente Covid-19, trazido eventualmente de Itália por mor dos contactos comerciais e industriais que Felgueiras – um concelho fortemente industrializado e essencialmente o maior produtor e exportador de calçado – tem com aquele país mediterrâneo.
Se tivermos em conta que Portugal segue imediatamente a Itália como maiores produtores de calçado e Felgueiras produz mais do que no resto do país, dá simultaneamente para ver que impacto, que dimensão, isto tem.
Por um lado a excelsia do nosso trabalho – que nos torna numa das maiores economias de Portugal, por outro lado, por causa desta condição, acaba por nos colocar ante outros riscos.
No caso é o Coronavírus ou já mais cientificamente Covid-19.
Vários colunistas chegam a debater-se com dificuldades de temas para escrever. Não é o meu caso. Para o bem e para o mal, não é o meu caso. Por vezes, são factores que se não conciliam.

É um imperativo neste ambiente. Eu poderia – então – escrever muita coisa e vista de vários pontos. O pessoal; o circunstante de Felgueiras no ponto nevrálgico; o jornalista. Mas não. 

Estou no centro do mundo, nesta cidade fantasma, porque a Comunicação Social está tefocada em Felgueiras. 

Estes dias o mundo vive tolhido pelo Covid-19 e de olhos postos em Portugal, que por sua vez está de olho na região. Além da do Norte, a sub-região de Vale de Sousa, Felgueiras e as tais vantagens e fatalidades de só o concelho movimentar em redor de si parte significativa da economia da região.
A civilidade da região chega a por-se em causa, porque meia dúzia de cidadãos não cumpre as regras impostas pelas autoridades que superintendem neste contexto, mas quero crer que gente harmoniosa quanto somos, vamos honrar o bom nome da nossa região, que é o nome de cada um de nós.
Estou convencido que os concidadãos vão tomar consciência e assim contribuíremos para expulsar um vírus que não tem guarida na nossa terra, na nossa região.
Assim as várias autoridades sejam o que são: autoridades. Responsáveis. Pese a pressão imediata poder provocar atitudes mais imaturas, estamos todos juntos.

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