SOCIEDADE 23 de fevereiro 2020
Carlos Diogo Santos -
Jornal Sol |
Jornalista há 33 anos, diz viver diariamente com uma espada apontada ao
corpo e confessa que nem na guerra se sentiu tão mal como quando Francisco
George lhe agarrou no braço.
Alguém um dia disse que Jornalismo é publicar aquilo que alguém
quer que não se publique. É assim que vê o seu trabalho?
Acha que o jornalismo é tanto mais importante quanto menos bem
funcionam as instituições?
Ah, com
certeza. Se não fosse a comunicação social, muitos dos casos que têm vindo a
lume, cada vez mais a nível de política, não existiam. Sobretudo no contexto
atual em que temos uma senhora procuradora-geral da República que tomou as
decisões que tomou, pondo em causa a independência dos magistrados do MP, vai
ao encontro de uma diretriz, para todas as pessoas entenderem, que diz que os
políticos não devem ser investigados. E, portanto, isso preocupa-me como
jornalista. Com o MP de mãos atadas, dependente do poder político, o que sobra?
O jornalismo.
Há jornalismo livre em Portugal?
Há
jornalismo livre, com certeza. Eu sinto-me livre. Não acho que possa
generalizar a todos os órgãos de comunicação social, obviamente. O SOL é um dos
órgãos livres e acho que há mais um ou outro, mas a maior parte não acho que
seja livre. Eu tenho o privilégio de me sentir livre e de não me sentir
condicionada.
O cidadão comum tem ideia dos condicionamentos a que poderão estar
expostos alguns órgãos de comunicação?
Acho que
sim, basta ver os alinhamentos dos jornais. E basta ver as notícias, onde é que
saem as investigações em termos de imprensa escrita ou de rádio. E basta
pensarmos quanto programas com o perfil do meu existem nas televisões. Basta
pensar isso e em todos os problemas inerentes. Ainda há pouco tivemos todos os
problemas que foram públicos com o Sexta às 9. Isso é sintomático do que
acontece na maior parte dos órgãos de comunicação social.
Por que há tão poucos programas destes?
Isto traz
muitos problemas, traz a mim, traz a uma direção de informação, traz à equipa
que trabalha comigo e à administração da televisão. A maior parte das pessoas
não deve ter noção, mas tudo isto custa muito dinheiro. E quando digo que custa
muito dinheiro não estou a falar do nosso dia a dia, das investigações. Estou a
falar dos processos que isto implica, que são uma forma de pressão
violentíssima. Muitas vezes perguntam-me se sofro muitas pressões: para mim a
pressão mais preocupante é exatamente aquela que vem - e vem em várias frentes
-, estou a ser um alvo de várias frentes. Além dos tribunais, que é a frente
que menos me preocupa, porque em 33 anos de jornalismo nunca perdi um processo,
há umas instituições que são outras frentes, essas sim preocupantes, que acham
que são tribunais, e não são. Estou a referir-me nomeadamente à Entidade
Reguladora da Comunicação Social, que, não tenho dúvidas nenhuma, quer acabar
com o meu programa. O que está a acontecer hoje? As tais frentes -
processos-crime, ação cível, carteira profissional, ERC e conselho deontológico
- cinco frentes que custam dinheiro a uma empresa. Isto é preocupante,
sobretudo porque temos uma instituição que deveria servir como regulador, a
ERC, e que está a tomar decisões sumárias, porque muitas das deliberações
publicadas a enxovalhar o meu nome e o do programa para as quais nem sequer me
ouviram. Há uma regra básica, que se chama contraditório, que não foi feito. É
vergonhoso e acho que a classe deveria ser mais solidária, os jornalistas não
deveriam olhar só para o seu umbigo, e pensar: ah não, isto não está a
passar-se só com o programa da Ana Leal... Chegou a uma altura tão preocupante
que deveria haver uma tomada de posição por parte de todos os órgãos de
comunicação, porque não de todas as televisões, no sentido de pôr travão ao que
está a acontecer. Estes senhores [na ERC] acham que são tribunais e atropelam
tudo o que são regras básicas de deontologia, de ética, de tudo.
Em nome de quê?
De quererem
acabar com um programa que é incómodo, que incomoda, não tenho a menor dúvida.
Só me passaram a ouvir agora porque nós denunciámos isto e eu peço para ser
ouvida. De repente, via deliberações, factos consumados, em que eu nem sequer
tinha tido possibilidade de me defender.
Isso é o que fazem, o que lhe pergunto é: em nome de quê?
Em nome de
interesses políticos, obviamente. Porque não vejo independência nestas pessoas,
que fazem o seu trabalho desta maneira. Outros valores se levantam e não tenho
a menor dúvida de que o programa incomoda. Mas vão ter de assumir, se um dia o
programa terminar não vai ser por mim nem pela minha equipa. Se algum dia o
programa terminar, fica aqui a prova de que não será por vontade própria,
porque há muitas formas de acabar com um programa. Este programa era semanal,
passou a ser quinzenal, dizem que é porque já não são comportáveis os custos
que implica.
Está a dizer que há estrangulamento?
É uma forma
de estrangular e há muitas formas de acabar com um programa. E eu sinto que há
essa tentativa clara de o fazer. Eu costumo dizer que se Watergate tivesse
acontecido em Portugal não existiria.
Mas o que consta nas deliberações faz-lhe sentido, além da
ausência de contraditório?
(Vai buscar
várias deliberações da ERC) Para perceber o que se discute na ERC, estes
senhores chegam ao ponto, tem de se saber isto. A investigação que fizemos
sobre o PCP, que se julgava intocável, foi polémica, mas blindada do ponto de
vista factual. Quanto eu digo que não me incomodo com os tribunais é porque lá
é factual e todas as reportagens estão blindadas do ponto de vista factual e de
prova. Agora, quando a ERC passa a pronunciar-se da seguinte forma: ‘A
situação e as respostas serem entrecortadas pelas acusações do repórter e transmitidas
pontualmente com uma edição pontuada pela mudança da cor para o preto e branco
e por flashes de luz sobre o rosto do secretário geral e do autarca do PCP
resulta num efeito de ruído’. Já se pronunciam sobre as edições de imagem. E
depois outra coisa que me faz questionar sobre quem são aquelas pessoas e o que
fizeram até hoje: sobre os ajustes diretos denunciados dizem que não foram
atribuídas a uma fonte de informação, quando aquilo está no Base.Gov. São tão
ignorantes e não percebem nada de jornalismo porque dizem e escrevem estas
barbaridades. E dizem também que sobre os recibos a que a TVI teve acesso ficou
por identificar a fonte de informação. Eu mostro um recibo não tenho de dizer
quem é que mo deu. Isto é para rir ou para chorar, nem sei...
Está a pensar agir?
Sabe, a ERC
não é uma coisa abstrata, é constituída por pessoas. E eu estou a ponderar o
que fazer, porque estas pessoas têm de responder pelo que têm andado a fazer.
Significa que vou exigir que sejam responsabilizadas individualmente. Elas não
se podem escudar na instituição ERC, são cinco pessoas que têm de ser
responsabilizada.
... Ah...
esse senhor...
Arons de Carvalho disse há pouco tempo, a propósito do Sexta às 9,
que deve haver jornalismo de investigação, mas que a obrigação de todas as
semanas ‘haver uma bronca’ para denunciar leva a que sejam queimadas etapas no
jornalismo...
Para já não
há obrigação, infelizmente eu recebo centenas de denúncias por dia, às quais
não consigo dar resposta, como imagina. Portanto, é uma urgência, no sentido em
que os jornalistas têm de pegar nestas histórias. O país está tão podre que eu
recebo centenas de emails por dia de norte a sul. Não sei a que etapas do
jornalismo esse senhor se refere. Mas, quanto ao contraditório, esse senhor,
que é amigo do ex-primeiro-ministro José Sócrates, que foi muitas vezes
convidado para dar entrevistas quando investiguei o Freeport -é difícil fazer o
contraditório quando as pessoas não aceitam. Não podemos amarrar as pessoas.
Esse senhor Arons de Carvalho é o mesmo que acusou a TVI e a Ana Leal de
fazerem uma campanha negra no caso Freeport. Para mim, esse senhor não tem
qualquer credibilidade.
Falou há pouco da falta de união. O jornalismo de investigação é
incompreendido dentro de uma redação?
Não é isso,
acho que a classe não é solidária. Pense nisto, a Manuela Moura Guedes é
afastada do ar e toda a gente percebeu o porquê. Acho muito triste, porque aí a
classe deveria ter estado unida, ser solidária. Foi uma vergonha o que
aconteceu. Eu não tenho problema em ser solidária com uma colega da
concorrência se achar que estão em causa regras básicas que põem em causa a
continuação de uma investigação. Não assino de cruz, como muita gente fez no
caso do Sexta às 9. Não conheço as protagonistas e portanto não tinha bases
para me pronunciar sobre o que aconteceu, mas não assino de cruz defender
alguém sem ter conhecimento do que efetivamente aconteceu.
Por que acha que as pessoas não se metem mais?
Há também
medo. Medo de processos, isto traz muitas amarguras, como sabe. Muitas
pressões. Eu sinto que vivo diariamente com uma espada apontada ao meu corpo,
os inimigos são cada vez em maior número. Cada vez que ponho uma reportagem no
ar, e não estou a exagerar, ou vem um direito de resposta e vêm mais estes
cinco processos, estas cinco frentes de combate. As pessoas não querem ter
estes problemas na sua vida, mas a mim faz-me confusão como é que fazem
jornalismo sem ter estes problemas...
Tem receio que acabem com o seu programa?
Vão acabar
com o meu programa. Mais cedo ou mais tarde. É uma questão de tempo. Não tenho
receio. Para mim, é um facto consumado, mais tarde ou mais cedo vão acabar com
o meu programa. Não tenho receio, tenho pena, porque acho que é um programa
importante, porque as pessoas que trabalham comigo, que foram escolhidas a
dedo, gostam daquilo que fazem. Pessoas que têm os mesmos princípios que eu -
íntegras, do ponto de vista pessoal e intelectual, sérias e muito boas na parte
de investigação. Para eu garantir aqui que não vou perder nenhum processo em
tribunal significa que as coisas estão blindadas e eu tenho confiança nestas
pessoas. Uma equipa saudável e honesta para mim era imprescindível. Eu não
queria nesta equipa um bom investigador que fosse má pessoa. Somos muito
felizes juntos.
Usa câmaras ocultas, não desliga as câmaras normais e usa métodos
mais americanos, digamos assim. Isso é polémico em Portugal, mesmo entre
jornalistas.
Isso levanta
muitas dúvidas. Ainda hoje fui ouvida de manhã por causa da utilização de uma
câmara que não foi desligada. É muito controverso. Eu dou aulas na Escola
Superior de Comunicação Social e ensino aos meus alunos que a utilização da
câmara oculta, para além do interesse público, só deve ser usada quando não
conseguimos fazer prova de outra forma. E, portanto, é uma ferramenta que eu
não percebo porque é tão controversa. Outra coisa que nos questionam: nós
fazemos esperas. Com certeza que fazemos. No caso da Cruz Vermelha Portuguesa,
a única forma de provar que aqueles senhores diariamente usavam os carros da
instituição para uso pessoal era fazer esperas de manhã e perceber para onde
iam e para sermos sérios não pode ser um dia. Andámos 15 dias. Eu pergunto por
que é que isto é controverso.
Mas como vê que muitas das críticas venham de jornalistas?
Há uma
suposta elite que acha que isto são métodos pouco ortodoxos, não sei. É a minha
forma de fazer jornalismo, que mostra a verdade. Ao mostrar as imagens mostro
que acontece. Eu não sei é como é que os pseudo jornalistas fariam este tipo de
reportagens. Se calhar faziam reportagens sem fundamentos e não teriam metade
das chatices que eu tenho. E essas esperas muitas vezes são feitas depois de
questões por escrito que ficam sem resposta ou de uma resposta a dizer que não
vão responder. E por que é que eu não hei de ir atrás do senhor
primeiro-ministro, que tem muitas responsabilidades políticas, para exigir
explicações dele numa investigação que estamos a efetuar? Por que é que não
podemos exigir responsabilidades políticas sobre coisas mal feitas ou que levantam
dúvidas? Era o que mais faltava. O primeiro-ministro hoje em dia já nem
responde, acham que podem tudo. E nós temos essa obrigação de vigiar o poder
político. Agora é este Governo, quando vier outro será outro. Não há aqui
perseguição ou obsessão. Nós vamos a todas. Nunca ninguém tinha falado do
PCP...
Quais as ameaças mais fortes ou tentativas de bloqueio de
informação no seu percurso?
As pessoas
vão ficar surpreendidas, mas a mim preocupa-me muito mais - não estou a dizer
que não tenho medo da parte física - que um político, à época ministro, que
ache que pode à distância de um telefonema ligar para uma administração ou para
uma direção de informação a dizer: ‘Despeçam-na!’
Não, por
acaso não estou a falar de José Sócrates. Essa leviandade preocupa-me muito
mais.
É um caso recente?
Não, mas já
aconteceu várias vezes, houve já diversas tentativas, curiosamente essa pessoa
chegou a processar-me e perdeu em tribunal depois de recorrer.
Estamos a falar de quem?
Eu digo-lhe,
estamos a falar do primeiro-ministro, António Costa. E estamos a falar do
SIRESP.
E mais?
No processo
Casa Pia, uma pessoa que já tinha sido condenada em primeira instância - que é
Carlos Cruz - por azar tinha a filha no mesmo colégio que o meu filho. Um colégio
católico em que de manhã se reza e se faz oração com os filhos. E ele ia lá,
não vejo outra forma de o dizer, intimidar-me, porque estava ao meu lado e a
uma curta distância do meu filho. Isto incomoda-me muito mais do que qualquer
ameaça física.
No caso Meco, tema que investigou, foi alvo de diversas críticas,
muitas relacionadas com a recriação de alegados rituais no areal. Como viveu
isso e o que acha hoje desse trabalho que fez?
Não sou fã
de reconstituições. Acho que devem ser feitas, quando são bem feitas, e foi o
caso, quando não há outra forma de recriar em televisão o que aconteceu.
Convivo muito bem com isso. Eu arranjei mecanismos, vou, por exemplo, muito
pouco às redes sociais. Ninguém gosta do enxovalho público e aprendi a criar
esses mecanismos que me protegem. Portanto, estou-me um bocado nas tintas para
o que pensam de mim.
Mas quando vê o desfecho que o caso teve na Justiça, continua a
achar que o seu trabalho ia no sentido da verdade?
Não tenho
dúvidas nenhumas. E atenção: eu tenho a humildade de admitir que posso errar e
que posso ter cometido algum erro. Felizmente que em nenhuma das reportagens,
olhando agora para trás, sinto que falhei. Por isso é que não perco os
processos. Eu não sou infalível e espero nunca me enganar, porque, se não,
nesse dia deixo de ser jornalista, porque vai cair-me tudo em cima. Nesse dia
teria de mudar de profissão.
Mas tem de provar mais do que os outros?
Com certeza,
com a exposição que tenho, com o programa que tenho, com os inimigos que tenho,
com todas as pressões que tenho, com a vontade que há de muitas pessoas em
acabar comigo, tenho de provar a dobrar.
Numa recente investigação à Cruz Vermelha, houve um episódio em
que nas imagens de uma câmara que não fora desligada se queixa de que Francisco
George a magoou. Foi um exagero ou houve mesmo intimidação?
Hoje estive
a responder sobre isso na Carteira Profissional, que coincidência, depois de
uma queixa dele. Eu fui a primeira jornalista portuguesa à época a chegar no
início da guerra a Sarajevo. Era uma miúda, foi a primeira experiência em
cenário de guerra. E vou dizer-lhe que a forma como ele me agarrou o braço...
eu nunca me senti tão incomodada em 33 anos de profissão como naquele momento.
A entrevista já tinha terminado, há oito minutos em que estamos a arrumar o
material e o senhor está incomodado porque sabe que a entrevista não lhe correu
bem e está a tentar dar-me a volta. E tudo se passa no corredor de saída,
quando ele percebe que não controlou a coisa e que eu estou a ir-me embora. É
nesse momento que ele perde a cabeça e agarra, magoando-me. Não foi só um
agarrar, que não tinha sequer de o fazer.
Mas sentiu antes que isso poderia vir a acontecer? É que só assim
se justifica que tenha pedido que a câmara se mantivesse ligada...
A câmara
ficou ligada porque há uma altura em que ele pede para ser em off e eu digo que
não há offs porque aceitou dar uma entrevista. A dada altura, como ele queria
tudo em off, eu levanto-me e a câmara não é desligada, porque, assumo, quando
eu sinto hostilidade eu dou indicação aos repórteres de imagem que até
entrarmos no carro a câmara não é desligada. Ponto. Faço quando sinto que há
coisas graves que podem vir a acontecer, não faço em todas as entrevistas. Este
senhor achava-se o dono do mundo. Ele chegou a estar aqui na porta da TVI a
dizer que queria ir fazer queixa de mim à administração. Os telefonemas que fez
para o diretor de informação são formas de pressão que antecedem esta
entrevista.
Depois fez uma nova investigação sobre a Cruz Vermelha...
Sim, a dos carros.
Ele aí inclusivamente queria que eu fosse ter com ele à Cruz Vermelha sem
câmara e eu recusei. Não ia voltar a um sítio onde fui agredida. Disse que
aceitava que fosse num local público e que levava câmara. E recusei. Ele criou
uma hostilidade...
Certamente que em algum trabalho já esbarrou numa pessoa mais
próxima ou numa situação em que tinha interesses. Como faz?
Já me
aconteceu. A minha equipa sabe perfeitamente que não há intocáveis. Ainda
recentemente um elemento da minha equipa falou de um familiar e só a posteriori
é que lhe disse que determinada empresa me era próxima. E eu tive acesso ao
texto antes e vi que havia uma situação desconfortável. E já me deparei com
amigos. Infelizmente... não posso fazer nada.
Um jornalista pode ser escrutinável?
Pode e deve.
Se eu aponto o que está mal em relação aos outros, não posso fazer o que
condeno nos outros. Eu não sou perfeita, estou a falar de valores, de
transparência. As pessoas dizem que tenho mau feitio e tenho. Mas para mim é
bom feitio. Lido mal com falta de integridade, com a desonestidade, com a
mentira, a inveja e com a injustiça. O meu mau feitio tem a ver com isso.
Como faz a triagem das denúncias que lhe chegam?
Sou eu que a
faço, passo horas. Se visse os meus dossiês assustava-se. Neste momento estou a
perder histórias, não consigo... Não tenho produtora, não tenho quem me ajude,
somos só mesmo os quatro. É difícil trabalhar assim, com poucos recursos. Cada
vez mais difícil. Tento todos os dias ler na diagonal os molhos que me chegam e
ver aqueles que poderão ter mais interesse e, a partir daí, esses ficam de lado
e contacto logo as pessoas no sentido de blindar, no sentido de: ‘não falem com
mais ninguém’. E começo a pedir comprovativos. Quando vamos para o terreno todo
este trabalho já está feito e porque a história é sólida.
A concentração dos Media é um problema para este tipo de
jornalismo?
Está a falar
da Cofina (risos)? Eu espero que não. Estou com muita esperança na Cofina,
porque acho que é um grupo independente e já deu provas de independência. A
pergunta não pode ser feita de forma genérica. No caso da Cofina, que vai ficar
com uma grande fatia e um grande poder nas mãos, é um dos grupos que tem
mostrado independência, sem dúvida nenhuma. O Correio da Manhã tem
independência e não tem medo. Há um passado que me leva a acreditar que não
haverá riscos.
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ResponderEliminarNão se admire, os Xuxas e os geringonços do facebook nacional fizeram isso a uma dúzia de blogues sem amarras ...
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