terça-feira, 28 de janeiro de 2020

Tabernas do Alto Tâmega | Nova identidade


Apresentada na 29.ª Feira do Fumeiro
Tabernas do Alto Tâmega | Nova identidade

Integrada no programa da 29.ª Feira do Fumeiro de Montalegre, foi lançada oficialmente a nova identidade das Tabernas do Alto Tâmega. A apadrinhar a sessão esteve a Secretária de Estado da Valorização do Interior, Isabel Ferreira, que deixou a garantia que o Interior irá receber 140 milhões para aplicar em «inovação, competitividade, recursos humanos altamente qualificados e no pequeno investimento».
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Referir que a Rede de Tabernas do Alto Tâmega foi criada pela Associação da Região do Alto Tâmega (ADRAT), em 2004, com o intuito de preservar e conservar os hábitos e cultura transmontanos, com a implementação de um novo conceito de restauração assente em preceitos familiares e tradicionais, onde, mediante reserva, o público em geral podia degustar produtos e pratos regionais em cozinhas locais que eram, por si só, sinónimo máximo da cultura popular regional. Inicialmente a rede era composta por 12, pretendendo ser estendida até 20 tabernas.
PROMOÇÃO ALÉM FRONTEIRAS

Em 2018, a Associação da Rede, concorreu ao programa Valorizar - Linha de apoio à Valorização Turística do Interior, do Turismo de Portugal, para desenvolver e consolidar a Rede de Tabernas nos seus municípios - Boticas, Chaves, Montalegre, Ribeira de Pena, Valpaços e Vila Pouca de Aguiar - e promovê-la aquém e além fronteiras, assumindo-se como um produto gastronómico de referência e com grande potencial de ser alargado ao restante território nacional.

ECONOMIA CIRCULAR

As Tabernas do Alto Tâmega são a personificação da sustentabilidade. A chamada economia circular tem aqui a sua expressão máxima, uma vez que tudo o que é consumido é produzido localmente, pelos próprios taberneiros, ou na região, com exceção para o arroz e o bacalhau. A receção é feita nas próprias casas onde os anfitriões taberneiros assumem o papel de produtores e cozinheiros. Acendem o lume e preparam tudo para uma refeição farta, mas enraizada na sazonalidade e no receituário local. Cada casa tem o seu tempero, a sua forma de receber. Ir a uma taberna não esgota a experiência. Apenas aguça a vontade de regressar.
TEM A PALAVRA

Isabel Ferreira | Secretária de Estado da Valorização do Interior

«Temos um investimento de 140 milhões de euros para financiar o Interior. Estamos a preparar um conjunto de avisos para financiar inovação, competitividade, recursos humanos altamente qualificados e pequeno investimento, no sentido de termos uma dotação específica para os territórios do Interior e, também, critérios adaptados à realidade. Também é muito importante olhar para o pequeno comércio que dinamiza a economia local. É uma prioridade para nós. Preparamos ainda medidas para as Instituições Particulares de Solidariedade Social. São apoios a que queremos dar seguimento já em fevereiro. A rede de Tabernas do Alto Tâmega é uma ideia inovadora. Pegaram num conceito tradicional que estava abandonado. A Comunidade Intermunicipal do Alto Tâmega é um exemplo. Tem um trabalho e uma estratégia muito definidos para o território. Esta iniciativa tem muito potencial. Aproveita recursos endógenos de alto valor acrescentado como o fumeiro. Era muito interessante internacionalizar esta marca. Pode constituir um percurso turístico muito atrativo».

Orlando Alves | Presidente da Câmara de Montalegre

«É uma ideia revitalizadora do território. Estamos a envolver as pessoas e a trabalhar aquilo que a produção local consegue, transformando as coisas, dando-lhes o palato que a exigência do consumidor impõe. Esta rede de tabernas é dinamizadora da economia local. É potenciadora do setor da gastronomia e da restauração e, naturalmente, condimento para a promoção do território e para a sobrevivência de todos o que optamos por aqui nos radicarmos».

Albano Álvares | Coordenador da Rede de Tabernas do Alto Tâmega

«A rede de tabernas já existe desde 2004. Agora pegamos naquelas que anda funcionavam, mas que estavam a perder alguma dinâmica. Queremos revitalizá-las através de uma candidatura ao programa Compete 2020. Pretendemos divulgar a gastronomia, a paisagem e os produtos locais. Queremos que as pessoas visitem os concelhos do Alto Tâmega e que possam usufruir de uma gastronomia genuína e tradicional».

António Montalvão Machado | Secretário Geral da ADRAT

«Em 2004, a ADRAT foi a grande dinamizadora deste projeto. É bom ver que, passado este tempo, este projeto tem pernas para andar, tem autonomia e capacidade para andar. Isto é um bom exemplo daquilo que se pode fazer. É um bom exemplo daquilo que podemos fazer e que se traduz no sucesso».



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