quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

Mais saúde com o nosso azeite


Jorge Lage

A oliveira tem acompanhado a História da Humanidade, desde que o Homem povoou o «Crescente Fértil». Por sua vez, os povos mediterrâneos, na Antiguidade Clássica, referem a cultura da oliveira e na Bíblia Sagrada abundam as referências à oliveira, símbolo da paz. A pomba que sai da Arca de Noé traz um mágico raminho de oliveira. O azeite era utilizado para fins curativos e Jesus Cristo, antes de ser crucificado, rezou a Deus Pai no «Jardim das Oliveiras». Espantoso que no Monte das Oliveiras ainda hoje se conservam as oliveiras (Jardim de Getsémani) que assistiram à agonia de Jesus. Em Portugal, a Oliveira mais antiga de Portugal (classificada segundo o infalível método do C14 – Carbono 14), com mais de 2.000 anos, encontra-se à entrada e à direita, no aldeamento turístico, Pedras de El-Rey, concelho de Tavira. Há outros protagonistas e comerciantes que falam de outro método classificativo e só o aceitarei quando o for reconhecido pela comunidade científica internacional. A sua teoria, de classificação das árvores mais antigas do Planeta,
 cai por terra, porque são classificadas pela raiz. Quero com isto dizer que a oliveira é uma árvore longeva que pode durar mais de 2.000 anos. Mais importante que alguns tiques doutos é passar a mensagem de que os nossos olivais mais antigos são património nacional a preservar, com todas as variedades de azeitona, como a Lentisca, Borrenta, Cordovil,… Entendo que os nossos municípios (com centralidade para o de Mirandela) deviam classificar os seus «Olivais (mais antigos) de Interesse Municipal». Hoje, o multicentenário olival da Maravilha (junto ao Campismo) é uma saudade. É preciso ter-se amor às árvores nossas amigas, e não fazer como os donos da Freguesia das Lamas que todos os anos cortam barbaramente uma amoreira, no largo da Igreja para que não caia nenhuma amora ao chão, preferem ser presenteados com m…. (poios) dos cães. Podar uma árvore pública é uma arte e não deve ser uma saloiada perpetrada contra seres generosos para a nossa sustentabilidade e do planeta. Adiante ou atrás, voltando ao azeite da Terra Quente e ao «Poço do Azeite» (dito sábio aprendido com o lendário Professor, Adriano Moreira) que nos envolve e orgulha, o azeite virgem (melhor o extra), segundo um estudo de universidade americana, ajuda a prevenir o colesterol, as doenças cardíacas, as demências nos velhos (alzheimer e doenças neurológicas), rico em compostos antioxidantes (polifenois) e favorece a memória e o saber. Uma colher de sopa de azeite extra virgem, por dia, ajuda a prevenir o cancro da mama. É sabido que o azeite de Trás-os-Montes é do melhor que há e a CNN noticiou o melhor azeite português, o «azeite biológico de Olmais (Vilariça), premiado em concurso internacional. Se muitas das nossas marcas de azeite estivessem a concurso de certeza que seriam premiadas, como o azeite biológico Rosmaninho, da Coop. de Olivicultores de Valpaços. Prefira o nosso azeite porque é do melhor!

1 comentário:

  1. Além e talvez por mor do seu valor alimentar, o azeite era na minha aldeia da Beira Baixa, moeda de troca e de pagamento da jorna (um dia de trabalho -de sol a sol-)...

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