Jorge Lage |
A oliveira tem acompanhado a História da
Humanidade, desde que o Homem povoou o «Crescente Fértil». Por sua vez, os
povos mediterrâneos, na Antiguidade Clássica, referem a cultura da oliveira e
na Bíblia Sagrada abundam as referências à oliveira, símbolo da paz. A pomba
que sai da Arca de Noé traz um mágico raminho de oliveira. O azeite era
utilizado para fins curativos e Jesus Cristo, antes de ser crucificado, rezou a
Deus Pai no «Jardim das Oliveiras». Espantoso que no Monte das Oliveiras ainda
hoje se conservam as oliveiras (Jardim de Getsémani) que assistiram à agonia de
Jesus. Em Portugal, a Oliveira mais antiga de Portugal (classificada segundo o
infalível método do C14 – Carbono 14), com mais de 2.000 anos, encontra-se à
entrada e à direita, no aldeamento turístico, Pedras de El-Rey, concelho de
Tavira. Há outros protagonistas e comerciantes que falam de outro método
classificativo e só o aceitarei quando o for reconhecido pela comunidade
científica internacional. A sua teoria, de classificação das árvores mais
antigas do Planeta,
cai por terra, porque são classificadas pela raiz. Quero
com isto dizer que a oliveira é uma árvore longeva que pode durar mais de 2.000
anos. Mais importante que alguns tiques doutos é passar a mensagem de que os
nossos olivais mais antigos são património nacional a preservar, com todas as
variedades de azeitona, como a Lentisca, Borrenta, Cordovil,… Entendo que os
nossos municípios (com centralidade para o de Mirandela) deviam classificar os seus
«Olivais (mais antigos) de Interesse Municipal». Hoje, o multicentenário olival
da Maravilha (junto ao Campismo) é uma saudade. É preciso ter-se amor às
árvores nossas amigas, e não fazer como os donos da Freguesia das Lamas que
todos os anos cortam barbaramente uma amoreira, no largo da Igreja para que não
caia nenhuma amora ao chão, preferem ser presenteados com m…. (poios) dos cães.
Podar uma árvore pública é uma arte e não deve ser uma saloiada perpetrada
contra seres generosos para a nossa sustentabilidade e do planeta. Adiante ou
atrás, voltando ao azeite da Terra Quente e ao «Poço do Azeite» (dito sábio
aprendido com o lendário Professor, Adriano Moreira) que nos envolve e orgulha,
o azeite virgem (melhor o extra), segundo um estudo de universidade americana,
ajuda a prevenir o colesterol, as doenças cardíacas, as demências nos velhos
(alzheimer e doenças neurológicas), rico em compostos antioxidantes
(polifenois) e favorece a memória e o saber. Uma colher de sopa de azeite extra
virgem, por dia, ajuda a prevenir o cancro da mama. É sabido que o azeite de
Trás-os-Montes é do melhor que há e a CNN noticiou o melhor azeite português, o
«azeite biológico de Olmais (Vilariça), premiado em concurso internacional. Se
muitas das nossas marcas de azeite estivessem a concurso de certeza que seriam
premiadas, como o azeite biológico Rosmaninho, da Coop. de Olivicultores de
Valpaços. Prefira o nosso azeite porque é do melhor!
Além e talvez por mor do seu valor alimentar, o azeite era na minha aldeia da Beira Baixa, moeda de troca e de pagamento da jorna (um dia de trabalho -de sol a sol-)...
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