A dona Isabel
dos Santos deu recentemente uma entrevista
ao Observador.
Essa entrevista foi “comprada”. E sobre a mesma apenas diremos: Observar os
primeiros dois minutos desta entrevista, é dar razão ao arresto. E entrevistar
esta senhora, é continuar a defender a roubalheira...Angola para esta senhora é
hoje um país inseguro. Sempre foi, ou não se lembra do tempo do pai? Esta
entrevista é publicidade a esta senhora, ao seu pai e ao regime corrupto que
defenderam durante 40 anos. Não se ouviu uma palavra sobre o bem-estar da
população, sobre a forma miserável como vive ...
E mais não
interessa dizer. Contudo, não deixaremos de respigar um comentário que fizemos
a um estudo recente da Universidade Católica angolana, que segue:
"A Universidade Católica angolana estima que a taxa de pobreza em Angola ronda os 42%, enquanto a da pobreza extrema se situa nos 20%
O Centro de Estudos e Investigação
Científica (CEIC) da Universidade Católica de Angola (UCAN) estima que quatro
em cada dez angolanos são pobres".
Comentário:
A Universidade Católica é uma universidade
de referência. Gostaríamos de saber quais os critérios utilizados para medir o
nível de pobreza, sobretudo o da pobreza extrema.
A 26 de Novembro (2019) publicou-se neste
espaço um vídeo (de 2016) sobre a situação dramática de Angola – um país rico com 20
milhões de pobres.
É óbvio que o título do vídeo contém algum
exagero, porque 20 milhões será o número actual de angolanos, e como todos
sabemos nem todos são pobres. Desde logo porque existe uma lista de corruptos
(publicada aqui) que vivem “à grande e
à francesa” enquanto o cidadão comum vive na miséria.
Só nos musseques de Luanda vivem cerca de
oito milhões de pobres! Ou será que a Universidade Católica considera que
aqueles indivíduos vivem com dignidade? Basta observar alguns vídeos para
perceber o contrário. Que tal este sobre o bairro do Bita
(2016)? E que tal este da Samba, a que chamam
vala do lixo (2017) difundido pelo blogue Maka Angola, ou este
da Terra Nova (2013), ou o do Cazenga (2013)?
E dos outros 12 milhões espalhados pelo
país, quantos viverão com alguma dignidade? 1/5? Já não era mau!
As nossas contas são outras. Cerca de
50.000 famílias de corruptos vivem (como sempre viveram) à fartazana e 2
milhões com alguma dignidade, porque subsistem cultivando os seus terrenos e
alguns com os seus negócios daqui e dali, ou de serviços do Estado. O resto
vive na miséria e na pobreza extrema.
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