CÂMARA MUNICIPAL DE VILA REAL
Grémio Literário Vila-Realense
Livros recebidos
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Lisboa : Chiado Editora, 2019
Contrariamente ao que o título sugere, este espesso livro de poemas (quase 500 páginas) não se limita a dialogar com Deus, embora a ideia de Deus esteja sempre presente, numa constante e ardente profissão de fé do Autor. Muitos dos poemas são dedicados a lugares, pessoas, acontecimentos, reminiscências, quase sempre referidos a Trás-os-Montes.
O Autor mostra uma facilidade assinalável no uso da quadra de redondilha maior, o formato por excelência da lira popular, em que a maioria dos poemas está vertida.
Edições Amadora Sintra, 2019
Altino Cardoso continua a sua cruzada de divulgação e estudo dos autores trasmontano-durienses. Depois de valiosos trabalhos dedicados a João de Araújo Correia, é agora a vez de abordar Miguel Torga, com especial incidência nos anos de infância e juventude — o que nos deixa a expectativa de que outro volume se seguirá, respeitante à fase seguinte da vida do poeta. Obra sobretudo biográfica, mais focada na pessoa do que no escritor, embora não faltem apontamentos de análise literária, analisa a fase a que metaforicamente chama de ‘crisálida’ — anterior portanto à fase de ‘insecto perfeito’, ou seja, o escritor na sua plenitude humana e literária.
Com este trabalho, amplamente documentado e abonado com excertos de Torga, Altino Cardoso procura dissipar as demasiadas sombras que em seu entender persistem «na focagem do mundo real das vivências e personalidade do Adolfo integral».
Guimarães : Editora Cidade Berço, 2019
Este volume autobiográfico, respeitante a uma fase bem definida da vida do Autor — os anos da guerra —, recupera textos que Barroso da Fonte publicou em dois periódicos da imprensa regional, Notícias de Chaves e A Voz de Chaves, sobre o seu envolvimento na chamada Guerra do Ultramar. As crónicas, para além do seu valor histórico e documental, são, muitas delas, belas peças literárias.
Curiosamente, a parte final do livro afasta-se da temática da guerra e é preenchida com diversas crónicas, também publicadas na maior parte dos casos naVoz de Chaves, já não sobre assuntos bélicos e/ou castrenses, mas sim literários e outros, mostrando como Barroso da Fonte sempre foi um homem atento e empenhado em divulgar os valores trasmontanos.
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