segunda-feira, 4 de março de 2019

A situação do Novo Banco é quase criminosa



NOTA: Esta notícia foi publicada em Julho de 2016, ainda Pedro Passos Coelho era o presidente do Partido Social democrata (PSD). Em boa hora se repesca, dados os andamentos da Caixa Geral de Depósitos e do Novo Banco.


RUI DUARTE SILVA - EXPRESSO
20.07.2016


"Quase criminoso"; "sem perdão" - Pedro Passos Coelho carregou esta quarta-feira no vocabulário em reação às acusações lançadas ontem pelo primeiro-ministro sobre a herança recebida pelo atual governo no sector bancário.
"O PSD não tem a menor credibilidade para falar em matéria de sistema financeiro. Para encenar uma falsa saída limpa do programa de ajustamento, o PSD escondeu a situação do BES e do Banif", acusou António Costa na terça-feira. Menos de vinte e quatro horas depois, teve a resposta do seu antecessor.
O líder do PSD frisou as diferenças entre o estado da banca quando o anterior governo entrou em funções e quando saiu, e sugeriu a Costa "exercer o seu mandato de primeiro-ministro com outra serenidade e a escolher melhor as palavras que utiliza". As palavras de Passos, essas, não foram meigas.
Sobre o processo de venda do Novo Banco, o líder do PSD acusou o governo de estar a fazer uma gestão "quase criminosa". Já quanto à novela da reestruturação e recapitalização da Caixa Geral de Depósitos, Passos diz que "o que se está a passar é intolerável", pois o Executivo tem promovido "uma destruição de valor que não tem compreensão nem perdão".
O presidente do PSD acusou o Governo de andar, nos dois casos, a "criar falsos inimigos" e "desculpas de maus pagadores" e, com isso, estar a "vulnerabilizar e a destruir valor nos bancos portugueses".

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