JORGE LAGE |
Nas feiras, em que os negócios eram espremidos e repisados, costumava-se
partir ou rachar o negócio. Isto é, em posições extremadas, o negócio tinha que
ter a intervenção de terceiro. E lá se fazia, geralmente, por cavalheirismo. Por
vezes, pedia-se para arredondar para baixo. Quem compra parece-lhe muito o custo
e quem vende sabe-lhe a pouco. O Notícias de Mirandela, depois de meio
centenário, vai entrar, em 2018, nos sessenta anos. Foi o primeiro jornal que
vi na minha terra, na mão do meu Pai. Lia-se até se gastarem as letras. Não
foram muitas as mãos que o geriram, mas já é longa a caminhada com o Jerónimo
Pinto ao leme. Jerónimo que se viu há alguns meses privado do grande braço
direito, o Arnaldo Pinto. A vida pregou-lhe uma grande rasteira e todos esperamos
que ele se erga e corrija o percurso do «tiro traiçoeiro». Para tal, tem de
lutar com uma força sem limites para suplantar a doença. Precisamos de ver o
Arnaldo ao leme das novas tecnologias mágicas que fazem o que Gutenberg e,
muito menos, os copistas não sonharam. Mas, nos 50 anos, a Assembleia Municipal
de Mirandela fez-lhe um público reconhecimento ao jornal. Ficou-se a
consequente espera e nada! Até hoje! Não fica bem! Espero que a nova equipa
autárquica faça esse gesto, que até podia ser no dia do Município ou noutro oportuno.
Com os 60 anos de vida, espero que haja força para prosseguir em águas difíceis
e que Jerónimo e Arnaldo agarrem o leme, para mais uma década. Envio um abraço
aos leitores, aos colaboradores e ao Arnaldo e Jerónimo. Feliz Aniversário, com
60 velas!
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