O
mal deste país tem sido a mecânica medíocre que o tem movimentado há 43 anos a
esta parte. Os “barões assinalados” por Luís Vaz, surgidos do Norte, da região
de Trás-os-Montes, fundaram um condado, o Portucalense. Do condado surgiu o
reino de Portugal fundado por bravos que já pertencem ao mundo da lenda como
Gonçalo Mendes da Maia ou Fuas Roupinho, liderados por outro bravo, o jovem
Afonso, o primeiro. Afonso III e Dinis marcaram esta dinastia com uma
administração justa e um desenvolvimento peculiar. Na época dos Descobrimentos,
um país minúsculo fundou um império global porque os seus comandantes eram
incorruptiveis. A primeira república foi o que se viu. Corruptos à descrição,
vigaristas e assassinos num sem número. Os anos do Doutor Salazar foram o que
foram e os 43 de democracia também.
No
apogeu da época democrata, a corrupção e a bandidagem estão à vista.
Alimentadas por uma seita de comentadores que nada dizem, mas manipulam o vulgo
como convém.
Algum
destes senhores leu o comunicado da Procuradoria Geral da República acerca dos
prazos para a conclusão da Operação Marquês? Pelos comentários que se seguiram,
o vulgo é confrontado com esta conclusão: nenhum o leu!
As
citações da procuradora, Drª Joana Marques Vidal são claras: “O Ministério
Público já analisou suficientemente muita prova recolhida, podendo efectuar um
juízo sobre a mesma, uma vez que se encontra solidificada”. Mas a procuradora é
incisiva no texto que não vamos aqui transcrever. Remata assim: “O pedido de prorrogação
do prazo concedido para a conclusão da investigação e da redacção do despacho
final mostra-se justificado e deverá ser atendido.
Bendita
procuradora!
Mas
esta seita que por aí abunda de comentadores não leu o comunicado. Por essa
razão vomitam baboseiras que lhes permite encher as algibeiras. Num país
decente 90% desta malta seria despedida. Mas, presentemente, não estamos num
país decente, estamos numa república das bananas.
Caríssimos
comentadores, num país decente não importa o tempo que os investigadores levam,
o que importa é prender a ladroagem
Madoff,
nos Estados Unidos da América, foi investigado durante oito anos. Oito anos,
meus caros – comentadores da treta.
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