Quando no Verão de 2004 iniciamos
o trabalho de campo na Região Demarcada do Douro (composta por 22 concelhos)
como sustentação para a defesa de tese doutoral, estávamos longe de imaginar
que haveríamos de protagonizar a descoberta de uma pequena tábua quinhentista,
na pequena capela de Santo André a 5 km de Almofala, no concelho de Figueira de
Castelo Rodrigo.
Uma descoberta modesta, mas com
alguma relevância para a conjuntura das situações artísticas de periferia.
Esta pequena tábua representa a Última Ceia, um dos momentos mais
importantes da narrativa evangélica. É ela que institui um dos principais
sacramentos da liturgia cristã: a Eucaristia.
A hipótese de se tratar de obra
do pintor lamecense António Leitão,
artista de estirpe nobilitada, com formação em Roma (c. 1560), e posterior
permanência em Antuérpia, é de considerar, embora careça de comprovação
documental.
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