J. RENTES de CARVALHO |
Façam-lhe
o enterro, respeitem-lhe a memória, dêem os pêsames à família, mas deixem-se de
tretas e de apregoar que ele nos trouxe a liberdade e a democracia. Não trouxe.
Essa devemo-la à Alemanha de Willy Brandt, à Holanda de Joop den Uijl, a Henry
Kissinger e ainda, entre mais uns quantos, aos banqueiros e empresários que
sabiam que com o regime de Marcello Caetano nunca Portugal poderia entrar no
Mercado Comum.
O
texto que segue publiquei-o anos atrás, é a voz do povo a fazer contrapeso à
lamechice das elites
Seria
longo detalhar as razões da minha antipatia por Mário Soares
como figura política. Datam de Paris, no começo dos anos 60, e permanecem. Tenho
também pouco apreço pelos que, ingénuos ou ignorantes da História, e dizendo-se
eternamente gratos, se lhe referem como "o homem que nos trouxe a
Democracia." Não trouxe. As peripécias são outras e menos simples.
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