Presidente do grupo Lena confirmou factos
da investigação.
Vamos a factos. Pelo relato que o
Ministério Público faz do depoimento do presidente do Grupo Lena, este
confirmou os factos essenciais da investigação sobre as relações entre este
universo de empresas e Sócrates.
Joaquim Paulo Conceição foi confrontado
com a tese dos subornos pagos a Sócrates, quer por Joaquim Barroca quer por
Hélder Bataglia, e, sabe o CM, não a negou. Pelo contrário, admitiu que 8
milhões recebidos de um negócio em Angola "se destinaram apenas a
transitar pela Lena, com destino a Carlos Santos Silva", que, por sua vez,
segundo o MP, era quem fazia o dinheiro chegar a Sócrates.
Admitiu que se opôs a contratos que
Joaquim Barroca quis que fizesse com Santos Silva, opôs-se aos pagamentos
feitos a uma sociedade do amigo de Sócrates e, inclusive, tratou de recuperar
algum dinheiro por entender que não era devido àquele empresário.
Perante estes factos, é um erro numa
citação trocada entre Joaquim Paulo e Rosário Teixeira, na edição de ontem, que
diminui a sua força?
A citação comporta a tese central do MP
sobre a corrupção de Sócrates e Joaquim Paulo não fugiu dela. Pelo contrário, o
seu depoimento reforçou-a. Desmentir não apaga os factos nem a sua força e esse
é o drama de todos, alguns jornalistas incluídos, que acreditam mais na
narrativa de Sócrates do que na justiça.
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