Em
2011 o governo de Passos e Portas “agarrou o touro pelos cornos”. O país
tecnicamente falido, a um mês da bancarrota, não teria capacidade para exercer
as funções de bom pagador e cumpridor em relação aos seus funcionários e aos
seus credores. Isso é hoje reconhecido por qualquer pateta do comentário. O que
esses patetas não sabem foi daquilo que se livraram nesse curto período de
tempo. Se, contudo, tiverem essa curiosidade, vão passar uma semana à Grécia
para, por experiência própria, observarem “in Loco” as misérias de um povo sem
tostão para a refeição diária como os sem abrigo.
Sem
argumentos, escrevem as mais variadas patetices reconhecendo o trabalho de
Passos e Portas, neste caso, mas com remoques, ziguezagueando por pormenores
duvidosos. A banca, por exemplo. Os 12 mil milhões eram poucos para a
recapitalizar. Pois eram. E quem contratou com a troika? O governo que levou o
país à bancarrota. Que, além de não precaver essa recapitalização (que à época
lhe não interessava, para manter as aparências) mentiu à troika sobre a questão
do défice. Não eram 5%, eram cerca de 11%!
Os
patetas podem dizer o que quiserem, mas os documentos não mentem!
Tirar
o país da bancarrota (em quatro anos) foi obra. E baixar o défice de cerca de
11% para cerca de 3,2% também! Como foram obra as medidas que o Tribunal Constitucional congelou.
Se
o governo de Passos e Portas “falhou”, não foi aqui. Foi em questões que
continuam a permitir o caciquismo, o compadrio, a corrupção (na Administração e
na tal “escola pública”, como eles dizem) e as manobras fraudulentas que
permitem a governanças como a presente, orientar os destinos do país.
Com
a balela das reversões (apenas para alguns funcionários mais elevados), a
primeira medida do “risinhas” (no primeiro dia a seguir à assinatura da
papelada) foi o recongelamento das carreiras sem que os seus correligionários
estalinistas e trotskistas pestanejassem. Medida que, aliás, foi proposta (e
iniciada) por esta gente (“de Kolimá”) em 2009.
O
segundo resgate aproxima-se a passos largos e por essa razão a dona Catarina, o
sr. Jerónimo e o “risinhas” entretêm o povo com as ditas “sanções”. Quando
estas jamais se concretizarão, pelo menos para o ano de 2015, ou a
concretizarem-se, não passarão de valor simbólico (apenas foi aberto o processo
por táctica politica). O sofrimento, desta vez, vai ser a valer (para o vulgo),
mas eles, os mesmos que nos levaram à bancarrota em 2011 (os de hoje), sairão
cantando e rindo, impunes e serenos (?) como é costume. Por essa razão apelam
agora ao patriotismo da gamela.
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