Já
havia a coligação dos que não piaram (ou não abriram o bico) sobre o tal
inquérito à Caixa proposto pelo PSD. Composta pelas donas bloquistas, a dona do
PEV, as manas, o cavalheiro Jerónimo e a restante governança. Mais tarde, a ela
se juntaram alguns comentadores e figuras gradas do PSD e do CDS. Agora o sr.
Ferro Rodrigues, que por sinal é o Presidente da Assembleia da República, pediu
um parecer urgente à Procuradoria da República sobre a pertinência de um ponto
que o PSD havia apresentado no seu texto para a criação da Comissão de
Inquérito Parlamentar. O PSD, retirou (e bem) esse ponto para que a Comissão de
Inquérito avançasse rápido.
Entretanto,
os bloquistas recuaram, começando a piar para controlar as tropas (embora
tarde) e pedem agora uma auditoria forense; o Ministério das Finanças pede uma
auditoria independente e a Comissão Europeia já havia dado sinais de pedir uma
investigação. E tudo isto porque o líder do Partido Social Democrata
demonstrou, mais uma vez, coragem politica. Coisa que rareia na população
autóctone.
O
que é que esconderá a Caixa para que esta gente não queira informar o Povo?
O
que é de espantar é que toda esta gente sempre que abre a boca não deixa de
referir a questão do emprego e do desemprego. Emprego para aqui, desemprego
para acolá. Que o país tem de crescer para criar emprego; que o país isto e
aquilo para que o desemprego diminua, diz esta gente.
Pois
bem, segundo noticias recentes, serão despedidos da Caixa cerca de 2000 funcionários
altamente qualificados; dos melhores.
Imaginemos
que, em média, cada um desses funcionários auferia 2000 euros mensais. Num
cálculo grosseiro, aos números actuais, sem contar com a inflacção e outras
variantes económicas, os dois mil milhões (veremos se este número não triplica)
que meia dúzia de amigalhaços sacou ao banco do Estado, daria para pagar o
vencimento destes funcionários durante 40 anos! Ou seja, durante uma vida!
Sobre isto essa gente nada diz. Porque só pode ser gente de Kolima. Não a que acompanhou Varlam
Shalamov ou Nadejda Mandelstam, mas a que meditou e actuou junto de Eduard
Berzin, o velho bolchevique.
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