quarta-feira, 9 de março de 2016

Celorico de Basto

Por: Costa Pereira  Portugal, minha terra. 

Vila e sede de concelho notável pelo seu património cultural, económico e artístico, Celorico de Basto é hoje uma terra em franco desenvolvimento que tem nas vilas de Fermil e de Gandarela dois pilares importantíssimos. Mas é no castelo e no convento de Arnoia que o estudioso vai encontrar a rampa de lançamento que  esta vila, de terras de Ribatâmega, a partir de um D. Múnio Muniz toma a sua atual identidade. Primeiro, com o nome de “Vila de Basto”, e situada nas proximidades do castelo, graças ao foral recebido de D. Manuel I, em 29 de Março de 1520; sendo transferida depois para o sítio de Outeiro Coelho, e finalmente, por provisão de D. João V, de 21 de Abril de 1719, para o lugar de Freixeiro, com a designação de “Vila Nova de Freixieiro”, hoje Celorico de Basto.
A fundação deste Mosteiro ainda que incerta é por alguns atribuída a um descendente de D. Afonso Henriques, D. Múnio Muniz, nos finais do sec. X, que terá sido alcaide do castelo, e porque num tumulo vazio encontraram uma lápida com seu nome; outros defendem que  foi  D. Arnaldo Baião, nos finais do séc. IX quem fundou o Mosteiro de São João do Ermo de Arnoia.  Certo é que este monumento histórico foi ocupado pelos monges da Ordem de São Bento até serem extintas as ordens religiosas, e só não teve a sorte de tantos outros porque ficou a cargo da Paróquia de Arnoia que numa das suas antigas alas fundou o então Hospital Civil de São Bento de Arnoia.
Na vila, em frente ao antigo edifício da Câmara Municipal ergue-se a estátua de João Pinto Ribeiro, um dos celebres conjurados do 01 de Dezembro de 1640. Segundo se diz terá sido ele quem incentivou o então Duque de Bragança, D. João, a avançar para a conspiração. Ligado a Celorico devido à mãe possuir uma propriedade em Arnoia, e um seu sobrinho também outra, em Gémeos.
Praça Albino Alves Pereira, um generoso celoricense, nascido em Arnoia, mas que muito jovem foi para o Brasil, onde fez fortuna. Regressado a Portugal à procura de cuidados para a doença que o vitimou, ao saber que na sua terra havia um hospital carecido de meios económicos acabou por lhe legar toda a sua fortuna. Terra de gente generosa, que até o Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa considera como sua, e eu também, porque em Fermil de Basto vivi parte da minha adolescência.


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